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Kim YeRim

   Três meses. Pode parecer pouco tempo, mas não quando você está presa em um hospício.

    Claro, isso é bem melhor que uma prisão, mas é estranho ver que lá fora o tempo está voando.

   Bom, nesse 'lindo' lugar, até que algumas pessoas são legais, como Umji, ela está aqui por ter matado seu padrasto que tentou violenta-la, e sua mãe, uma mulher que deveria protege-la de tudo a acusou, e olha que isso aconteceu há cinco anos.

    Os seus traumas são presentes em forma de pesadelos, ela acorda gritando dizendo que alguém está debaixo de sua cama, ou até mesmo, a espionando atrás da porta.

   Nesse momento eu estou em meu quarto penteando meu cabelo, que está bem grande, ressecado e desidratado.

   De vez em quando me pego pensando em Jeon JungKook e nosso beijo, e também se eu o tivesse matado, talvez isso não estivesse acontecendo.

- Kim YeRim, está na hora do almoço. - A enfermeira aparece na porta me chamando.

   No refeitório, todos conversavam, mas não de uma forma barulhenta, até que estava quieto.

   Pego o que seria meu almoço e me sento na mesa de Umji, que até então conversava com seu amigo imaginário Tom, que não podiamos ver. Ela percebe minha presença e sorri.

   Os dias eram realmente entediantes.

   Depois do almoço, eu e mais um grupo de 7 meninas tínhamos que lavar a louça e limpar a cozinha, é claro que facas e garfos eram todos de plásticos, evitando qualquer tipo de acidente.

   Quando chegamos na cozinha, as cozinheiras pareciam ainda fazer comida, o nosso trabalho seria apenas lavar os pratos.

   No fogão havia uma panela preta com gordura fervendo, a gordura parecia suja e velha...

   Enquanto eu guardava os pratos em uma prateleira, pensava se alguma das meninas já haviam planejado sua fuga e conseguindo se livrar disso.
Minha pergunta foi respondida quando vejo SeokJin, ou melhor Jin aparecendo na porta.

- Senhoritas, por favor, poderiam me ajudar a descarregar os mantimentos? - Ele parece assustar as cozinheiras, que apenas concordam e saem, fazendo talvez uma ação completamente perigosa ao deixarem oito garotas "loucas" sozinhas em uma cozinha.

   Penso em algum modo de sair dali. Bom, o que Irene faria? Ela sempre tinha os melhores planos e estratégias.

   Talvez incendiar a cozinha? Não, nem tem como. Procurar uma faca e sair correndo para ser livre? Também não, possivelmente me pegariam.

- O que é isso na panela? - Uma das garotas fala, ela se referia a panela onde a gordura fervia.

- Não devemos tocar nisso, parece quente, se afaste dai. - Outra fala, e a ideia surge.

   Chego perto da garota que parecia fascinada com a gordura fervente.

- O que acontece se eu colocar minha mão aqui...? - Eu falava baixo para que as outras não nos ouvissem.

- Vai te queimar. - A menina devia ter uns 24 anos, SooHyun, acho que esse deve ser seu nome, ela está aqui por... Ah ela tentou matar sua família. Ela é filha de um delegado de Daegu, então praticamente ela tentou matar o delegado.

   E muitos afirmam que o motivo foi seu vício em drogas. Mas agora ela está viciada com os remédios...

- Eu acho melhor se colocarmos essa panela na mesa, pode queimar tudo se ficar ali. - Digo e ela imediatamente concorda com a cabeça indo em direção à panela, com panos enrolados em suas e minhas mãos nós levantamos a panela, e por um deslize do destino, mais chamado de eu soltar a panela, que respinga em minha perna, e cai em seu pé.

Os gritos da menina eram ouvidos de longe, as outras meninas correm para ajudar SooHyun e eu corro para fora, logo um dos guardas aparece e como numa boa cena, ele corre para a cozinha assim como quase todos os outros, chego no local onde descarregam os mantimentos e lá esta SeokJin.

- Para dentro do caminhão. - Ele abre a parte de trás do caminhão e eu entro.

Ficamos pelo menos uma 5 horas andando e, por um momento não estava acreditando que eu tinha conseguido, até escutar a uma voz do lado de fora.

- Até que enfim YeRim...

Kang SeulGi

- Por que você está  chorando Unnie?

- O papai me bateu, Seulgi-ah, ele é mal.

- Não, ele é nosso herói. - Uma risada escandalosa sai de sua boca.

- Ele está mais para vilão SeulGi-ah, quando você crescer irá entender.- A menina volta a chorar...

[...]

- Hey garota, já está na hora de levantar. - A enfermeira Kim chega na porta do quarto me chamando.

Os dias tem passado de vagar, um dia é entediante e o outro também, desde que nós fomos "presas" eu nunca mais vi as meninas, na verdade eu não vi mais ninguém. Meu pai nem cogitou a ideia de vir me visitar, e deve ter proibido minha mãe de vir também, eu só tenho um advogado porque meu pai não queria que o escandalo fosse maior.

Eu me pergunto onde foi parar o meu 'herói', no final minha irmã estava certa, eu realmente soube quem ele era.

A primeira coisa que tínhamos que fazer quando acordavamos era tomar banho, não importava se estivesse quente ou frio. É os chuveiros eram compartilhados.

Eu ainda não me acostumo com a ideia de tomar banho com outras pessoas me olhando, então eu sou sempre a última, mas o motivo também não é só esse, esse cômodo é o unico que tem uma janela consideravelmente grande, e é perfeita já que a mesma te leva para uma espécie de um vilarejo que existe em uma grande fábrica e ao redor dela com algumas casas.

O céu estava nublado, parecia que ia chover. Percebo que a porta estava fechada então, eu ligo o chuveiro e vou direto para a janela, ela parecia antiga e o vidro estava trincado no canto, procuro algo que possa servir para quebrar o vidro.

Infelizmente eu estava cercada apenas de chuveiros grudados no teto.

    Tomo coragem e soco o vidro, ele estava rachando e finalmente  se quebra. Me jogo pelo vidro, e quando meu corpo colide com o gramado, sinto não só meu braço como meu corpo inteiro se desmontando, respiro fundo e tento me levantar.

Olho para cima vendo a guarda, quando ela me vê, começa a gritar e eu saio correndo, seguro meu braço, ele realmente deve ter quebrado, corro o mais rápido possível até chegar ao muro, ele não era alto mas tinha uma tipo de cerca elétrica.

    Consigo impulsionar meu corpo para cima e com medo de tomar choque pelo corpo inteiro, fico surpresa quando nada acontece, acho que a cerca não estava ligada.

Me jogo para o outro lado, caido novamente no chão, estava preparda para correr até algum outro lugar quando um carro para na minha frente.

- Ai meu deus SeulGi você podeia ter tomado um banho antes de fugir. - Son SeungWan sorri para mim, eu me levanto mancando e entro dentro do carro.

- Vocês poderiam ter trazido uma escada, ai eu não teria quebrado um braço. - Digo respirando fundo.

- Como você reclama, só estou te aturando porque estou ansiosa para chegarmos em Vegas. - Wendy parecia tão animada.

- A gente não ia para Paris? - pergunto.

- Nós podemos ir para onde quisermos, Vegas, Paris...Eu só quero dar o fora daqui. - Wendy fala.

- Vamos agora?- Pergunto.

- Não, estamos apenas esperando SooYoung, e então, adeus Coréia.  - SeungWan fala concentrada na estrada.

🌈🌈🌈

—Oi gente, voltamos para terminar a fic :)
—Esse capítulo foi escrito pela Villanellle.
—Esperamos que gostem e até o próximo capítulo.♥️

ᴛʜᴇ ᴘᴇʀꜰᴇᴄᴛ ᴠᴇʟᴠᴇᴛ [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora