Capítulo 49

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Ficar horas sem notícias era uma tortura. O clima naquela sala de espera estava tão pesado, Dianna não conseguia parar de chorar, Eddie orava pela décima vez e Joe estava num canto quieto e pensativo. Lá fora estava começando a amanhecer, estava ventando frio e caía uma chuva fraca, mas eles nem mesmo notaram o tempo passar. — Eu sabia que tinha algo acontecendo, como eu pude ser tão burra? Eu fechei os meus olhos porque não queria acreditar no que estava acontecendo bem na minha frente. — Dianna disse com a voz embargada. Eddie se aproximou da esposa e abraçou, beijando o topo da cabeça dela.

— Demi vai sair dessa, querida. Ela é uma menina forte e tenho certeza que ela vai se recuperar. — Eddie disse limpando as lágrimas do rosto dela, doía o coração ver Dianna tão triste.

— Acompanhantes da paciente Demetria Lovato? — O médico perguntou adentrando na sala de espera, checando os papéis que estavam em suas mãos. — A paciente estava sofrendo uma overdose quando chegou, pelos exames conseguimos ver que a overdose aconteceu depois que ela misturou tranquilizantes com álcool e cocaína, se tivessem demorado um pouco mais para trazê-la para o hospital, ela não teria aguentado.

— E como ela está agora? — Eddie perguntou porque Dianna só conseguia chorar.

— Conseguimos converter o quadro depois de aplicar medicamentos na veia e fazer uma lavagem gástrica, ela foi entubada durante o processo para preservarmos os pulmões dela. Demetria ainda está desacordada e pode ter algumas reações, mas só iremos ter certeza quando ela acordar.

— Tem alguma previsão? — Joe perguntou se sentindo aliviado em saber que Demi estava viva. Só Deus sabia o medo que havia sentindo de perdê-la.

— Não tenho como dar certeza, mas creio que entre hoje a tarde ou a noite, ela já esteja acordada. Eu vou liberar a visita de vocês no quarto, mas só a família poderá ficar. — Eles assentiram com a cabeça e se abraçaram aliviados em saber que o pior já havia passado.

Joseph respirou profundamente quando adentrou no quarto em que Demi estava. Ela parecia tão frágil deitada naquela maca, o rosto estava pálido, havia um tubo em seu nariz que a ajudava a respirar e uma agulha em sua veia. Ele se aproximou devagar sentindo as lágrimas molharem o seu rosto. — Obrigada por ter ficado. — Disse baixinho com a voz embargada, tocando o rosto dela delicadamente. — Eu não sei se eu suportaria viver sem você, sem o seu lindo sorriso e a sua gargalhada engraçada que me faz tão feliz. — Joe suspirou e entrelaçou suas mãos. — Eu só... quero que você fique bem e volte para gente, eu amo você, Demi. — Ele limpou suas lágrimas e se aproximou para beija-la carinhosamente na testa. Eddie e Dianna entraram no quarto depois de conversar com o médico e sorriram.

— Ela vai ficar feliz em saber que você esteve ao lado dela. — Dianna disse se aproximando dele, tocando-o carinhosamente no ombro dele. Eles ficaram no quarto fazendo companhia para Demi por um longo tempo, até a enfermeira avisar que o horário de visitas havia acabado e apenas os familiares poderiam ficar.

— Eu vou levar Joseph em casa. — Eddie avisou para a esposa que assentiu, ele deu um rápido selinho nela e saiu do quarto ao lado de Joe. — Obrigada por ter ficado ao lado dela e não ter abandonado-a. — Eddie disse enquanto eles caminhavam para o estacionamento aonde o carro de Eddie estava estacionado. — Deus colocou você na vida dela porque sabia o que iria acontecer, você ter ido lá não foi uma coincidência.

— Eu jamais a abandonaria. — Joe disse limpando as lágrimas, a cena mais assustadora da sua vida passava como replay em sua mente. — Eu tive tanto medo, Eddie. Quando eu a vi caída no chão, eu pensei que... que ela estava morta. — Eddie abraçou Joseph e deixou que ele chorasse em seu ombro. Depois de um tempo, quando Joe se acalmou, eles adentraram no carro.

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