The Crush; Nosh

3. intertwined

Não liguem muito para a letra
da música, eu apenas estava escutando ela e achei que combinava.

Boa leitura!

A mão de Josh se encaixava perfeitamente na minha, como se tivesse sido feita para estar ali. Nossas mãos entrelaçadas faziam meu coração bater forte contra meu peito e me causava um embrulho no estômago, como se eu estivesse levando uma série de socos. Sua mão segurava a minha com firmeza, como se estivesse com medo que eu fugisse e o deixa-se ali, mas, aquilo seria impossível, considerando eu não estava sentindo meu corpo e é um verdadeiro milagre eu ainda estar andando. Eu me sentia uma gelatina, molenga e estranha.

Enquanto andávamos pelas ruas da Califórnia que era iluminada pelas estrelas e as luzes que vinham das casas das pessoas paro para pensar o porquê estou sentindo todas essas sensações. Eu não gosto de Josh, isso seria impossível, já que conheço ele apenas a dois dias, mas então por que sinto todas essas sensações estranhas?

Eu estava gostando de Josh? Eu nunca gostei de ninguém, ninguém nunca me fez sentir coisas estranhas e me fazer agir como um completo idiota, mas Josh conseguia. Essas eram as sensações de se estar apaixonado?

Eu não gosto de garotos porque nunca senti atração por nenhum, mas também nunca senti atração por garotas. Meu antigo vizinho, Matthew, era muito bonito e eu poderia ficar olhando para seu corpo sarado por horas, mas era apenas isso. Quando Sofya conseguiu arrumar um encontro entre nos dois e no final do encontro ele tentou me beijar, eu recuei porque sentia que não era o certo. Ele não era a pessoa certa, talvez eu nunca ache a pessoa certa, mas eu estava convicto que ele não era a certa.

Por me recusar a beija-lo, comecei a pensar que talvez eu não fosse homossexual e pensei que fosse hetero, mas Josh é um garoto. Gostar dele me faz gay?

Bom, talvez fosse. Eu não me importava, afinal, todos nós somos um pouco gay por dentro.

- Aonde é esse restaurante? - Questiono enquanto andávamos. Tudo ficava ainda mais bonito de noite.

- Não muito longe, mas acho que irá demorar um pouco para chegarmos se formos andando. - Josh responde tranquilamente, enquanto olhava para as suas ruas para ter certeza que não tinha errado o caminho.

Naquele momento, eu apenas pensava nas milhares de vezes que minha mãe falava para não acreditar nissk. Quando um estanho fala que o caminho é longe, provalmente, ele está tentando te sequestrar

-- Então acho melhor pedirmos um taxi, não acha? -- Josh apenas nega com a cabeça, então nós paramos em uma esquina onde haviam estacionados várias motos e carros de luxos.

-- Não precisamos gastar dinheiro com taxi, vamos na minha moto. - Espera? Moto? Eu vou andar de moto? Eu mal sei andar de bicicleta e irei andar de moto? Meu corpo começa a tremer demostrando meu pânico, eu não ando em veículos com menos de três rodas. Isso é o mínimo. - Gosta de motos?

O pânico de subir em uma moto parece o mesmo que eu tenho daquele maldito boneco assassino.

-- Sim, gosto bastante. - Eu esqueci, eu era o burro hipnotizado. - Mas eu não acredito que você tenha uma moto.

-- Acredite se quiser - Respondeu de um jeito orgulhoso, enquanto me puxava para mais perto de, em minha concepção, sua moto. A moto era esplêndida, parecia ter acabado de sair da loja. Ela era totalmente preta com um risco vermelho-escuro no meio dela, mas eu não fazia ideia qual era sua marca e se ele perguntasse... eu apenas concordaria com a cabeça. - Eu amo motos, meu tio tem uma oficina e quando eu ia para casa dele, eu ficava ajudando ele no conserto delas. Ela é uma Triumph Daytona 675, meu tio e eu ficamos três dias inteiros concertando ela porque achamos ela no ferro-velho. Ela atinge a velocidade de...

Eu não tive paciência para continuar a escutar porque não estava entendo absolutamente nada que saia de sua boca. Parecia que cada vez que sua boca se abria dela saiam apenas palavras sem sentido.

-- Bem legal - Disse concordando com a cabeça, sempre que não saber de alguma coisa ou simplesmente não querer escutar alguém concorde com a cabeça. Esse era meu lema.

-- Eu sei que você não estava entendo nada - Como é? Como ele sabia? Eu sou um ótimo ator que fez algumas (horríveis) peças na escola e por isso deveria saber enganar alguém. - Podemos ir?

Abaixo a cabeça para que ele não veja meu rosto completamente vermelho e fazendo um perfeito cosplay de tomate. - Desculpe.

Com a mão esquerda, ele toca meu queixo com dois dedos e faz com que eu levante minha cabeça para encara-lo, Josh sorria de um jeito confortador.

-- Você fica lindo desse jeito.

Devo agradecer ou ficar ainda mais envergonhado?

-- É.... vamos? - Pergunto, mas minha voz parece lhe tirar de um transe ou algum do tipo. Ele apenas concorda com a cabeça e vamos para mais perto da moto. Josh solta minha mão, fazendo com que eu fique meio perdido, e vai para trás da moto pegar os capacetes guardados em um tipo de porta-malas da moto.

-- Já andou de moto antes? - Ele pergunta enquanto me entrega um capacete preto com uma listra branca na lateral. Isso faz com que um leve arrepio percorra minha espinha.

-- Não porque eu sei que iria cair. - Digo sem pensar e isso lhe faz rir.

-- Por que tem tanta certeza disso? - Pergunta em um tom desafiador? Talvez.

-- Porque eu me conheço muito bem. Moto e eu nunca daríamos certo.

-- Vamos provar isso hoje. - Responde, enquanto coloca seu capacete e sobe na moto. Ligando-a que, em seguida, faz um som bastante alto. - Sobe aí ou está com medo de cair?

Seu tom é desafiador, ele estava me desafiando? Argh! Eu sou bastante competitivo, mal de familia, e se ele tivesse me desafiando... ele iria perder com certeza.

Sem pensar coloco meu capacete e me aproximo da moto, subindo atrás dele e colocando minhas mãos ao redor de sua cintura. Apertando ela e me puxando para mais perto dele. Aquilo parecia um desafio e eu gosto de desafios.

-- Bom, sugiro você segurar bem firme - Josh disse novamente em um tom desafiador. - Eu não tenho muito alto-controle.

O que ele quis dizer com isso?

O que acharam?