Lá dentro o mundo é amarelo,
Mas no exterior a vida tinge com tons cinzas a realidade que raramente rima com minhas utopias,
E esta dualidade premeia minha vidaMontanhas de papel não nos podem apartar para sempre
E nossos corações não podem permanecer separados
Co-existindo apenas em nossos sonhosMinhas imperfeições romperam o cordão que nos une,
Um milhão de incógnitas assombram minha mente,
E o remorso me faz querer recuar o tempo,
O tempo que escorreu lentamente como areia entre meus dedosDizimas meu ego selvagem com teu silêncio opressor,
Enclausuras teus sentimentos na caverna do orgulho
Para que nunca reluzamTu és uma cidade murada envolta dum grande rio,
Pois meus versos não podem desmaquilhar a verdade oculta em teu rosto
Teus olhos turvam a realidade sobre as nossas vidas,
E é com essa visão embaçada que pareces querer conviverNegaste um abrigo em meu coração
Por um castelo feito de areia,
A dor formou trilhas em meu rosto
Orvalhando as flores outrora ressequidas em mim
Despertando o fulgor e vivacidade
Entorpecidos pelas cicatrizes deixadasA razão se reergueu dos escombros
Apaziguando o imo,
E a beleza da vida imperou.
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A TRISTEZA VAI DURAR PARA SEMPRE
PoetryUma reflexão incomum sobre as estrelas mortas em nosso imo.