𝗜 𝗧𝗛𝗜𝗡𝗞 𝗜 𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗬𝗢𝗨 [✓]

5.1

— Onde estamos? — Perguntei.

Parecia que minha cabeça iria explodir. Eu estava tão cansada que meu olho mal abria direito. Estava, literalmente, tudo embaçado.

Ninguém havia respondido minha pergunta, e pelo o que parecia, eu estava em carro em movimento.

Me levantei com um pouco de dificil. Eu estava com tanta dor. Minha visão logo foi voltando ao normal e eu pude emxergar a vista do lado de fora. Era uma estrada.

Levei um leve susto com o grandalhão do meu lado, na frente tinha outro grandalhão e ao seu lado, no volante, estava mamãe.

— Mamãe...para onde estamos indo e...quem são esses caras? — Perguntei confusa.

Vi minha mãe sorrir pelo retrovisor.

— Fique tranquila, querida. Você irá descobrir....— Deu uma leve pausa — Agora. — Completou.

O carro, então, entrou no grande aeroporto, e senti meu coração quase parar.

— Espera...porque estamos no aeroporto? — Perguntei mas ninguém me respondeu.

Eu estava tão confusa. Eu não sabia o que iria acontecer, ou o que eu deveria fazer. Mexi no bolso de minha calça e meu celular não estava.

Talvez uma viagem na tentativa de me afastar de Joalin, isso não seria novidade. Bom, se for realmente isso, espero que mamãe tenha consciência do que está fazendo. Porque eu já disse inúmeras vezes que me afastar de Joalin ela não vai conseguir. Então ela pode me mandar para qualquer lugar que eu vou voltar.

•••

JOALIN

— Merda! — Murmurei.

— Você não desistiu de ligar para ela? — Ouvi a voz de Heyoon — Tem certeza que não vez nada de errado? Ela pode estar puta com você e te ignorando. — Falou dando de ombros.

— Credo, Heyoon! Joalin saberia se isso tivesse acontecido. — Falou Sina de aproximando de mim — Que tal um banho? Você está assim desde que acordou, e se arruma bem gata porque vamos ver sua mexicana. — disse batendo seu quadril no meu — Por favor, coloca um sorrisinho nesse rosto. Eu odeio com todas as forças ver você assim. — disse.

— Eu já tentei, mas não consigo. — Falei passando a mão em meus cabelos.

— Você tá paranóica, Joalin! — ouvi a voz de Heyoon.

— Cala a boca. Você não está ajudando. — Disse Sina.

É só o que me falta, uma briga dessas idiotas.

— Obrigada por tentar me ajudarem. — Falei — Eu vou fazer o que você mandou, talvez isso me anime um pouco. — Disse subindo as escadas em direção ao meu quarto.

E logo quando entrei fechei a porta e desabei em chorar. Eu não sabia do porque estar sentindo aquilo, mas só piorava.

Era impossível não lembrar dos nossos bons momentos. Era como se tudo aquilo estivesse acabando e sendo jogado no lixo. Talvez eu esteja paranóica, como Heyoon tenha dito. Ou talvez não, eu não sei o que pensar.

Respirei fundo e decidi ir tomar um banho.

SABINA HIDALGO

Estávamos na pista de vôo. Um cara alto e de preto estava do meu lado e não soltava o meu braço por nada. Outro carregava minhas malas, e mamãe, conversava com o piloto.

— Você...poderia soltar o meu braço? Está doendo...— Menti, o mesmo me encarou — Tá achando que eu vou correr isso tudo? — Olhei para a lista, o mesmo parecia pensar, e então soltou o meu braço.

O vento batia sobre meus cabelos que voavam, e nesse momento eu pensava o que Joalin poderia estar fazendo agora, ou...o será que ela está sentindo a minha falta?

Olhei em volta. Mamãe ainda conversava com o piloto. Suspirei e encarei o céu, uma falha tentativa. Olhei para o grandalhão do meu lado, ele encarava algo a sua frente, que não tinha interesse algum em saber o que era.

Suspirei uma última vez.

"Essa com toda certeza é a hora em que eu agradeço pelas aulas de educação física."

Não pensei duas vezes e sai correndo. Não, eu não sabia para onde estava indo, e sim, eu sabia que iria só piorar. Mas eu estou tentando.

Pude ouvir de longe minha mãe dizer;

— Seus idiotas, vão atrás dela!

Ok, talvez eu devesse ter praticado mais. Eu só corri um pouco e estava cansada. Mas não vou desistir tão fácil assim.

Foi tudo tão rápido, olhei para trás e em segundos já estava caída no chão. Xinguei meio mundo mas isso não adiantou.

Um dos grandalhões havia se jogado em minha direção, e não é que ele conseguiu me pegar.

Logo o outro se aproximou, casa um segurando meus braços, um mais forte que o outro.

— ME LARGA!

Gritei. Me debati. Eu fiz de tudo para me soltar, mas eles eram mais fortes.

— Garota idiota! — Ouvi minha mãe dizer e em seguida rir.

— É esse o seu planinho idiota? — Perguntei a encarando — Saiba que não vai durar por muito tempo.

— Você é só uma garota que sonha alto. — Disse após rir — Você não vai ser nada na vida se continuar com aquela idiota.

— Idiota? — Perguntei e ri — Ok, eu vou ficar bem quieta, é capaz de você me mandar para o inferno. Se bem que lá é melhor do que ao seu lado.

— Já chega! — Gritou — Eu não vou aceitar que você fale assim com sua mãe.

— O que? Mãe? — Ri — Engraçado...

— Vamos acabar logo com isso. Entrem! — Ordenou, e os homens seguram, ainda me segurando.

— ESPERA! — Me debati — ME SOLTA! — Gritei — Seus idiotas!

Um dos grandalhões me jogou, e em seguida a porta foi fechada. Corri até a porta, mas era tarde demais. Já estava tudo pronto. Tudo para a decolagem.

Enquanto eu batia sem parar na porta, mamãe parecia estar sem reação do lado de fora.

O grandalhão me puxou para longe da janela.

— Você é realmente muito irritante!

••••