Listen With Your Heart • drarry & blon

lua de mistérios

Era uma noite fria de outono. A Lua cheia era presente, acompanhada de grossas nuvens ao seu redor e apenas uma única estrela solitária, deixando tudo mais mistério e certamente perigoso. Uma vez que muitas criaturas se fortalecia ou eram afetadas pela fase da Lua.

Naquela noite de mistérios lunares, dois rapazes, dois sonserinos, cobridos por suas grossas capas negras enfeitiçadas para enxergar mesmo com o capuz que cobria até a linha do lábio superior, escondendo suas identidades do nada e o tudo a sua volta. Esses dois jovens vagavam pela Floresta Proibida em busca do último item para garantir suas liberdades.

— Tem certeza que é por aqui? — perguntou Blaise. Ele mantinha a varinha bem agarrada a mão, uma única gota de suor escorrendo pela lateral de seu rosto, deixando a mostra sua ansiedade.

— É isso ou eu sou péssimo em herbologia. — Draco bufou. Ele estava do mesmo jeito, claro. Apenas loucos – ou desesperados – para cruzar a Floresta Proibida em uma noite de Lua cheia, mas era necessário.

Após muito andar em um silêncio desconfortável, com o único som sendo dos galhos quebrando abaixo de seus pés, o negro levanta a mão apontando para o Salgueiro Lutador. Imediatamente, ambos vão até lá e tomando todo o cuidado para não encostar no tronco ou nas raízes da árvore, eles colhem duas rosas negras.
Começaram a caminhar para longe dali, e após muito tempo encontraram uma pequeno claleira perto do de Hoggysmead. A claleira era circular com árvores cercando aquele espaço, dando uma privacidade desejada aos jovens, no centro havia um mastro de madeira que a pouco tempo eles descobriram que era uma chave de portal desativada. Ali marcava o ponto onde eles poderiam aparatar.

Ajoelhados na grama e iluminados pela luz prateada da lua, Blaise tira a mochila das costas e a abre, tirando um livro grosso em que era perceptível ver que dês de sua compra se passaram no mínimo um século. Páginas amarelas e gastas, algumas rasgadas e outras borradas de tinta. Dois frascos redondos e pequenos que tinham líquidos em coloração prateada, aqueles que não soubessem o que era poderia jurar que era sangue de unicórnio para um prata tão vivo ser presente naquele receptáculo.

O loiro abriu o livro em uma página já marcada e o deixou no meio deles O negro alcançou a ele um dos frascos, repetiu o processo com as rosas. Em um feitiço baixo os fracos ficaram na altura do queixo de cada jovem, liberando suas mãos para arrancar as pétalas de suas rosas e as despejando no pequeno vidro. Os dois levantaram suas varinhas com em direção aos frascos e palavras foram proferidas em uma língua antiga e no segundo seguinte, a tonalidade do líquido mudou, um vermelho que lembrava sangue de tão intenso.

Cada um pegou o frasco no ar e o loiro disse:

- Saúde. - e virou, sendo acompanhado pelos dois.

Os frascos caíram ao chão após os adolescentes sentirem um turbilhão de sensações, cada um sentiu um gosto diferente inundando seu paladar e logo depois um cheiro acolhedor.

Para Blaise, o negro sentiu o gosto intenso do frango assado que comia durante a infância na casa de seus avós com aquela mistura de temperos que ele nunca soube o nome ou como diferenciar cada um mas que deixavam o prato único e delicioso. E então, o cheiro de água salgada, cheiro de mar, o preencheu.

Para Draco, o gosto do seu chocolate favorito - trufas de chocolate ao leite e rum puro da Dedos de Mel - em seu paladar era notável, como se tivesse acabado de comer. E o cheiro forte de café italiano em suas narinas, suave e doce como ele amava.

E logo após esse turbilhão estranho de sensações, uma voz feminina tomou o lugar do silêncio absoluto daquele jardim frio, o tornando acolhedor e familiar, tranquilo. Uma espécie de cantiga, Blaise podia jurar que ouviu a bela voz de uma sereia. Draco não tinham certeza do que era aquilo, e nem o porquê de tê-los feito cair inconsciente na grama fria.