Listen With Your Heart • drarry & blon

o ateliê

——— cap curtinho só pra avisar que eu voltei e voltei com os dois pés no peito se preparem.

Harry tinha a cabeça deitada na coxa de Draco e tinha os olhos fechados pela sensação de seus cabelos sendo agraciados com o cafuné do sonserino.

Eles tinham que estar estudando, faltava poucos meses para os NIEMS e esse era o objetivo quando eles decidiriam ir à Torre de Astronomia naquela tarde, mas não há como culpar Harry por se perder na beleza de seu namorado e pedir a atenção dele.

Draco lutou de início, dizendo que eles deveriam ser responsáveis com o futuro deles, mas Harry sabia que ele não estava com os dois pés firmados naquela ideia. Não demorou muito para que eles estivessem naquela posição enquanto sentiam o vento soprar em seus rostos.

— Sabe, eu nunca fui na comunal da Sonserina. — Harry soltou como quem não quer nada.

Ele abriu os olhos e viu Draco o olhando com uma sobrancelha arqueada e o olhar afiado, ele sabia exatamente o que Harry queria com aquele papo e Harry tiraria proveito o quanto fosse possível.

— Absolutamente não. — Draco disse de prontidão.

— Eu não disse nada! — Harry riu e se levantou da coxa alheia para se sentar na frente de Draco, mais próximo possível. — Mas seria legal sabe? Eu li que já faz uns trezentos anos que ninguém invade a comunal.

— Por que você acha, gênio? — Draco revirou os olhos. — Não temos todo o trabalho de mudar a senha todo o dia para que ninguém entre para no final eu te levar lá. Não vou trair minha casa.

Ah, então ele ia ser persistente? Harry também poderia ser, e seria pior, seria manipulador.

— Ah então é assim?

— Sim! — Draco disse.

— Então eu não vou mais te levar na Câmara Secreta!

Draco abriu a boca e arregalou os olhos, Harry sorriu internamente.

— Você...! Mas a câmara é da Sonserina e Grifinória! — Draco disse muito sério.

— Não temos total certeza disso e não há nada que comprove o fato. Pode muito bem ter sido feita por Helga ou Rowena.

— Ah claro porque em um belo dia Helga decidiu erradicar do amarelo e preto e decidiu que vermelho e verde combinavam. — Draco debochou.

— Escuta aqui doninha, — Harry sabia que o outro odiava aquele apelido, mas suportava quando era dito por Harry então ele usava sempre que podia. — eu sou o único que posso abrir a câmara e se você não me mostrar o salão comunal eu não vou mais te levar lá e quero ver você achar outro lugar seguro para a gente se beijar depois do toque de recolher.

— Eu poderia sobreviver com isso. — Draco disse fingido que a ideia de beijos de boa noite não existirem mais nao fosse agonizante para ele.

— Jura? É você que me manda pergaminhos às duas da manhã pedindo para a gente se encontrar. Não dou um dia para você ficar louco sem meus beijos.

— Você não está se achando demais, hein Potty? — Draco se inclinou em direção à Harry e o grifinório sabia que ele iria tentar seduzir Harry. — Um pouco de humildade te faria bem.

Funcionava? Sim, sempre. Acontece que Draco era ridiculamente bonito e tinha completa ciência disso – até demais. E eles adoravam flertar se implicando, algo que os lembravam de como eles faziam de tudo para chamar a atenção do outro há uns meses atrás antes de toda a loucura da poção. Draco sabia que Harry gostava assim como ele, e ele adicionava isso quando queria convencer o grifinório a fazer algo ou apenas ver Harry ficar vermelho.