— Omma...
— O que foi, querido? Está pior?
— Não. — Disse ele, se encostando no portal da entrada do quarto dos pais. — Só que acabei de falar com o Jimin hyung e ele soou tão seco. Acho que pisei muito na bola com meus amigos.
— Hum... — Suspirou. Ela ergueu o braço, o oferecendo um acalento. — Me conte o que está acontecendo.
O jovem deitou-se no meio da cama abraçado à mãe, como quando era criança. Contou a ela tudo o que andava acontecendo em sua vida e já esperava uma grande bronca.
— Filho, eles sempre foram muito seus amigos, especialmente o Jimin. A amizade de vocês é muito especial e muitos desejam ter algo como vocês, então converse com ele, com os seus amigos e tenho certeza que vai dar tudo certo. Amizades verdadeiras não acabam por meros desentendimentos e você está sendo muito teimoso, assim como eles parecem estar com um pouco de ciúmes, talvez.
— Você está certa, omma. Amanhã eu vou conversar com todos eles.
— Você vai, mas quando estiver sem febre. Está de férias, pode ficar descansando.
— Sem argumentos, não é?
A mais velha apenas assentiu com um sorriso e deixou um beijo nos cabelos do filho. Ele permaneceu ao seu lado por mais um tempo, olhando as folhas do livro que ela lia. Quando sentiu o sono vindo, levantou-se e foi para sua cama. Apenas aquela troca de superfícies já o fez perder o sono. Ele teve vontade de olhar seus quadrinhos e acabou dormindo com um deles sobre si. Acordou cedo, algo difícil de se acontecer quando está de férias. Sentia-se melhor, mas pela garganta não descia uma saliva sem sentir uma forte dor. A mãe o serviu um copo cheio de chocolate quente e o deu os remédios necessários. Enquanto ingeria o leite devagar, Jungkook viu uma notícia sobre a banda Queen no noticiário. Seu pai não se demorou a comentar:
— Esse Freddie é uma bichona mesmo.
— Appa, ele é casado com uma mulher e ela é muito linda aliás. Por que o senhor pensa isso?
— Só ver os trejeitos e as roupas que ele aparece. Ele é viado, meu filho.
— Credo, olha a forma como o senhor fala. Qual seria o problema se ele fosse?
— Nenhum, a vida é dele, mas isso não é natural.
— Bem, eu acho que amar é natural, independente de quem e como.
— E o que você ama, Jungkook? — Seu tom pareceu sério.
— Música, arte, comida e Taekwondo. E você?
— Minha família.
— Que bom, appa. Eu vou me arrumar e vou atrás do Jimin, antes que ele vá para o bar.
— Ué, ele não trabalhava lá só em finais de semana?
— Sim, omma. Só que durante as férias ele quis trabalhar durante a semana também para render mais.
— Ah, sempre sendo um ótimo exemplo. — Ela disse, arrancando um riso do filho.
"Ótimo exemplo, sei", ria mais ainda em pensamento.
O rapaz correu para o seu quarto e vestiu suas roupas básicas para ir atrás do amigo. Ao mesmo tempo que seu cérebro implorava para que saísse e passasse o dia fora, seu corpo gritava "se empacota no edredom e não sai, por favor". Assim que calçou os sapatos na porta, sua mãe envolveu seu pescoço com um grosso cachecol.
— Ah, omma! Isso pinica!
— Ou vai com isso, ou não vai.
— Eu não tenho mais dez anos para a senhora me dar tantas ordens assim.
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Dance Floor [Kth + Jjk]
Fanfiction[EM ANDAMENTO] TAEKOOK | Band!AU | +18 O ano é 1974 e Taehyung é guitarrista da nova banda favorita de Jungkook. Todas as raras vezes que havia um show, ele estava lá, com os olhos fixos no tímido músico. O que o Jeon mais queria era a chance de bei...