Acordei no meio de um bosque; peço para que o querido leitor não esquente a cabeça tentando entender como um deus onipotente despertou. No decorrer dessa história, eu decidi continuar agindo como uma humana, então nesses textos não pretendo detalhar o que vejo ou sinto, agora que sei e posso tudo. Também não quero fritar a cabeça do autor, espero que todos vocês possam compreender isso, afinal, para o leitor, isso é uma história, agora para existência, isso é a realidade. Então, me levantei, arrumando meu cabelo em seguida.
— Droga, aquele velhote maldito. Me levou pro meio do nada! (Naruzaki)
Olhei e apreciei muito a paisagem ao redor, era um lugar repleto de árvores que brilhavam com verde da Primavera, elas estavam cheias de belas maçãs e também no gramado verde podia ver algumas abóboras que cresciam. O céu estava azul e eu podia sentir o vento forte e o oxigênio puro, bem diferente do ar poluído da cidade do mundo humano. Não demorei para notar que aquele lugar onde estava não era a Terra, mas também não era outro planeta, era como se eu estivesse em um local distinto, no entanto também era equivalente a Terra. Eu tenho noção de todas as linhas temporais, dimensões, universos alternativos, realidades paralelas e também mundos existentes. A Existência engloba tudo que existe ou já foi criado. Por exemplo, em seu Universo, eu sou apenas uma personagem de um livro, nada mais que isso; para você, querido leitor, eu não passo de uma ficção, porém eu já via você lendo esse livro naquele momento, eu também posso ver daqui da minha realidade as decisões que você vai tomar, eu apenas observo e descrevo somente aquilo que é conveniente. Vale ressaltar que, apesar de poder controlar toda a existência, você jamais me verá interferir em sua realidade, então por favor não cometa o erro de me idolatrar ou aceitar essas linhas como a verdade absoluta, todos estamos debaixo das mesmas mãos, até mesmo eu, então se tiver dúvidas vou jogar toda a responsabilidade em explicar isso nas mãos desse autor, boa sorte cara! (Pera, mas o quê?!)
Voltando para a história:
— Bem, esse bosque pelo menos é bonito, isso mostra mais ainda que esse mundo não pode ser destruído. (Naru)
Disse sorrindo enquanto olhava as nuvens no céu, entre as árvores que me permitiam olhar ao redor. Logo após isso, eu coloquei a mão na cintura e reclamei:
— Mas eu não entendo, eu sou onipotente, onipresente e onisciente, mas não posso saber meu objetivo? Que babaquice. (Naru)
Naquele momento, um pequeno corvo me percebeu e voou até um galho de uma árvore, próxima do lugar onde eu estava, ele pousou e me observou dos pés à cabeça, assim, eu pude ouvir seus pensamentos obscenos em relação a mim.
— "Meu Deus que gostosa do caralho" (???)
— "Oh, isso, assim, Wiau, desse jeito!" (???)
— Hehehehe... (Wiau)
Aquele era Wiau, pelo visto vai ser o alívio cômico da história, será que não podiam ter sido mais criativos em vez de colocar um pássaro pervertido? Bem, naquele momento eu fiquei irritada e me virei confrontando a pequena ave.
— Não acredito que você pensou isso, seu corvo anormal! (Naru)
— Que porra é essa?! (Wiau)
Ele se assustou ao perceber o que eu havia dito, acho que não deveria ter sido tão direta, não fica legal de ler e também assusta os outros personagens.
— Eu não deveria ter feito isso, aaaaaaaaaaaah, melhor eu refazer! (Naru)
Estou refazendo a cena. Bem, agora Wiau parou e me observou da árvore, porém ao saber a reação dele, depois do meu confronto decidi ser menos agressiva e tomar uma posição mais tímida.
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Messorem:Anthology
RomansToda história tem uma verdade por trás. Essa é a história de uma entidade onipresente, onipotente e onisciente, ou quase isso. Seu nome é Messorem, e a humana que herdou esse título e esses poderes é Naruzaki Redmoon, uma jovem advogada com uma vida...