Capítulo 3

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No final de semana fui visitar a minha mãe, Nádia, que mora sozinha no Rio Grande do Sul em um casa sofisticada no centro de Porto Alegre, foi difícil deixar ela sozinha e ir para outro estado, por isto sempre volto para visita-la mesmo sendo longe. Agora que tirei habilitação no ano passado e compramos um carro velho com o dinheiro do estágio, fica ainda mais fácil.

Dei um abraço apertado nela que me esperava na varanda da casa, observo o lado de fora da casinha que passei minha adolescência, tem a pintura em cor salmão clarinha, plantas e coqueiros no pátio. O interior é ainda mais belo, cheio de coisas retrô que eu e minha mãe amamos. A casa toda parece ter saído do Pinterest. Subo e descarrego a mala pequena que trouxe para passar o final de semana no meu antigo quarto.

Encaro Nádia no sofá, e fico admirando a beleza dela, tem cabelos castanhos tingidos e cor de pele caramelo, imagino que deva ter feito muitos garotos se apaixonarem por ela quando tinha minha idade, ao contrário de mim que só atraio canalhas

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Encaro Nádia no sofá, e fico admirando a beleza dela, tem cabelos castanhos tingidos e cor de pele caramelo, imagino que deva ter feito muitos garotos se apaixonarem por ela quando tinha minha idade, ao contrário de mim que só atraio canalhas.

Sentamos na cozinha e ela me serve chá de fruta em uma xícara nova, logo contei empolgada a ela sobre o estágio.

"Agora fico encarregada de dirigir e ajudar os novos estagiários", digo a ela, que parece orgulhosa.

"Que ótimo, você parece estar se dando bem por lá" diz bebericando o chá com a ponta do mindinho para fora."Como está Carla, ainda com aquele namorado?" pergunta Nádia.

"Bem, se você perguntar sobre Dan, ela ainda sai com ele", eu digo.

Carla e eu somos amigas desde o colégio, nos damos bem porque compartilhamos os mesmos gostos e sonhos. Nossos pais perceberam que nossa amizade ia além do ensino médio, então concordaram em nos deixar dividir um apartamento em Florianópolis. Nosso gosto literário é parecido, nossa diferença é apenas entre homem e curso opcional, ela está estudando economia.

Depois do almoço, pego um exemplar de um livro que li quando era adolescente e passo a maior parte da tarde de domingo lendo. Não me lembrava que era um livro tão bom e emocionante e deixei escapar algumas lágrimas enquanto o lia. Mas a minha paz é perturbada por Dona Nádia, que insiste que devo fazer algo produtivo além de ter apenas "a minha cara nos livros".

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Então ela me arrasta para o shopping da cidade, e eu vou para deixá-la um pouco mais feliz.

Entramos em várias lojas de grife e ela me faz experimentar vestidos diferentes

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Entramos em várias lojas de grife e ela me faz experimentar vestidos diferentes.

"Não, mãe, não vou comprar este", digo e aponto para o preço na etiqueta. "Custa uma fortuna" digo revoltada, pois o vestido ficou muito bonito em mim.

"Erika, vai levar sim, eu pago", diz ela e, embora eu diga que não quero o vestido, ela o compra.

"Presente por conseguir o estágio", diz ela com orgulho.

Minha mãe me obriga a comprar sapatos novos antes de sair, escolho um salto confortável na cor mel. Aproveito e vou à farmácia do shopping para comprar protetor labial e uma escova de dente nova.

Durante as compras, Nádia fica me perguntando várias vezes se eu  conheci um cara bonito e inteligente. Eu penso em Sebastian, mas balanço minha cabeça como se fosse eliminá-lo. 

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