Cap 13-

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Pedro-

    Volto para o quarto, com a enfermeira logo atrás pouco antes da mesma chegar, Carina me diz uma coisa que dá a entender que ela mecheu em meu celular, com esse fato, percebo que vou ter que falar com ela sobre meu amor, sei que vai parecer estranho, mas acho que preciso disso para me sentir melhor, talvez seja a hora de criar coragem, preciso aceitar o sentimento que eu tenho por Carina e deixar de lado meu orgulho.
       Pouco depois de eu comentar com Carina que eu gostaria de falar com ela, a enfermeira entra no quarto, me  cortando, ela entra, e faz perguntas para Carina enquanto checa os equipamentos, ela dá uma olhada geral em Carina e diz que aparentemente estava tudo bem e iria nos liberar, pego meu celular e vejo que já é 00:45, me assusto com o horário, mas já era esperado, espero Carina arrumar suas coisas e saímos juntos do hospital, chamo um uber que não demora muito á chegar, vamos direto até a casa dela sem falar nada, chegando lá abro seu portão baixo, e levo Carina apoiada em mim até a entrada da porta, sua mãe preocupada ainda não havia dormido, quando chegamos notamos que as luzes estavam acezas e quando entramos, á vimos no sofá da sala esperando por Carina, quando me lembro desta cena, me sinto culpado por vê-lá naquele estado e acabo me sentindo muito mal, após entrarmos, Dona Flávia olha para porta e nos vê, seu sorriso aquele dia foi o mais lindo que vi, o sorriso da mulher que eu queria como sogra, mas ainda não tinha coragem de revelar para Carina, após deixá-la em casa volto pra minha, pois estava tarde e não queria preocupar meu pai, antes de sair dou um beijo na bochecha de Carina que já estava quase dormindo, chegando em minha casa noto ás luzes de lá também acesas, logo me preocupo pois sei que meu pai vai estar jogado em sua poltrona com uma garrafa de cerveja na mão e a TV ligada em sua frente, abro a porta devagar para não acordá-lo, o cheiro de álcool é perceptível pelo ar, vou até a sala e desligo a televisão, logo após tento levá-lo para o quarto mas não obtive sucesso, me resta apenas a opção de acordá-lo, tento de várias maneiras mas é quase que impossível, o deixo então dormir, ainda não sei como o mesmo consegue ir trabalhar, depois que minha mãe foi embora ele nunca mais foi o mesmo, acabou se tornando alcoólatra e agora que voltamos, tenta nos sustentar de maneira simplória, está sendo complicada está nova fase que estamos passando, logo que terminar meus estudos arrumarei um emprego para ajudá-lo pois o mesmo, não está mais tão apto a fazer o que fazia antes, logo espero poder lhe ajudar á nos dar uma vida melhor, estamos vivendo aos poucos de uma maneira ridícula, antes um advogado de nome conhecido por todos, agora um bêbado sem emprego, nossa vida foi do vinho pra água em pouco tempo, tenho fé que vamos juntos conseguir passar por essa fase e meu pai logo vai voltar a ser um advogado conhecido e empenhado como sempre foi.

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