Capítulo 68

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Ethan

O celular da Emma toca em cima da cama, Emma estava no banheiro por isso decido atender. Vejo a tela e diz "Ezra" e um coraçãozinho, que broxante.

- Olá. - Digo quando atendo.

- Ethan? - A voz dele é tão feia, não sei como a Emma aguenta. Deve ser a aparência ajeitada dele que atraiu.

- Hm... vou passar a minha Emminha. - Abro a porta do banheiro e ela estava em frente ao espelho baforando e olhando os dentes.

- O Ezra coração está no telefone. - Explico jogando o celular na cama.

- Oi Ezra! Está tudo bem? - Ela pergunta pegando o celular.

Alguns segundos passam até ela dizer. "Oh, nossa! Isso é muito ruim."

Levanto minha sobrancelha para ela, mas ela não repara.

- Hmm... deixa eu falar com o Ethan. É só um segundo, tenho certeza que ele deixa.

Ela remove o celular da sua orelha e o cobre com a mão.

- A irmã do Ezra está passando mal e o Ezra precisa levar ela no hospital. Não é nada muito sério, mas a babá deles não está disponível e a filha dela não pode ficar só. - ela susurra para mim, e fico tentando pensar o que eu tenho haver com isso.

-E? - Arqueio a sobrancelha.

- Eles não tem ninguém para olhar a menina.

- E... está me falando isso por quê? - Pergunto.

- Ele quer saber se... podemos... - Ela morde o lábio inferior.

- Podemos o quê? - Não é nem possível dela tá sugerindo que nós tomemos conta da filha das outros.

- Tomar conta dela, Ethan. - Emma suspira.

- Não, obrigado.

- Por que não? Ele me disse que ela é uma ótima criança. - ela defende.

- Não Emma, aqui não é creche. Não vai rolar, diz ao Ezra para fazer uma sopa para a mulher aí que ela melhora.

- Ethan, você prometeu que tudo que eu pedisse você iria fazer se eu te ajudasse. - ela reclama.

- Já disse que não. - me imponho.

A última coisa que preciso agora é de uma criança mexendo nas coisas dos outros e correndo igual doida pelo apartamento.

- Ethan, eles não tem mais ninguém para ficar com o menino. - Ela implora fazendo beicinho.

Deveria não ter atendido, eu nem gosto do Ezra quem dirá de um parente dele.

- Por favor? - Ela pergunta novamente e eu suspiro em derrota e vejo um sorriso crescendo no rosto dela.

- É bom que ele não fica fuçando nas minhas coisas. - Aviso a Emma enquanto esperamos o Ezra deixar a menina aqui.

Ainda não entendo por que não pode levar a menina no hospital.

- Você pode parar de implicar? A menina só tem cinco anos. - Emma me repreende e eu reviro os olhos.

- Só tô te falando que você que vai fazer tudo. Foi você que concordou com isso, por isso ela é problema seu, não meu. - Relembro ela. - Depois eles vão ficar querendo deixar ela sempre aqui e...

Claro que ela ia me ignorar e ir para a cozinha. Uma batida na porta nos alerta que eles chegaram, por isso sento no sofá e espero que a Emma vá abrir. Ela olha para mim e me dá língua, ela abre a porta e lhe é jogado um sorriso aberto e brilhante de quem não vai precisar aturar uma criança.

O amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora