Capítulo 130

2.5K 105 15
                                    

Ethan

Checo mais uma vez o bolso da minha calça e sinto uma pequena miniatura no bolso traseiro, depois desço para a cozinha e encontro Emma preparando nosso café da manhã. Ela cantarola baixinho uma música em português e me encosto na porta enquanto a observo distraída.

Ela está usando novamente uma das minhas camisas, que acabaram se tornando um dos seus pijamas favoritos. Sorrio quando ela começa se balançar no ritmo da música, ela se vira em minha direção e se assusta.

- Ô amor, não faz isso. - ela ri e finamente me aproximo dela - Com fome? - assinto e ela me dar um selinho - Vamos comer então. - ela segura a minha mão e vamos em direção ao balcão.

Nos sentamos um do lado do outro e começamos a tomar café.

- Isso é uma injustiça. - Emma diz - Tem um lago para banharmos ali e não podemos porque está muito frio. - sorrio fraco.

- Poderia ser pior, poderia estar nevando. - ela assente.

- É verdade. - Ela diz e sem querer derrama café na camisa. - Que droga! - sorrio.

Terminamos de tomar café e ela sai da cozinha dizendo que vai colocar uma roupa mais quente, me sento no sofá e acabo pensando na nossa noite passada.

Depois me lembro da nossa discussão ridícula e me recrimino por quase botar tudo a perder por conta de ciúmes sem fundamentos. O que eles tiveram foi a muito tempo, não tenho motivos para brigar.

Ainda mais que o errado da história sempre fui eu, sempre a colocando como segunda opção, fiquei meses com a outra até perceber que aquilo não valia a pena.

Estamos juntos a nove meses, não tem o por quê de ficar inseguro, ela nunca me mostrou nada que pudesse ficar assim. Ela confia muito em mim, não me cobra e nem me julga pelos erros do passado e da nossa "Não" relação, ela acredita na nossa relação ao ponto de não cair mais nos joguinhos da Victória.

Se ela confia em mim, tenho que deixar com essas besteiras e confiar nela também. Como vou casar com uma pessoa que não confio de olhos fechados? Preciso deixar esse ciúmes bobo de lado, se não ela desistirá de nós.

- Pronto, vamos? - ela aparece me tirando dos meus pensamentos.

Olho para ela e ela sorri dando uma voltinha, ela está bem agasalhada, ela usa calça, suéter, cachecol, luvas e toca. NY tinha que ser tão frio assim?

Rio de Janeiro é tão quente, bem diferente, lá faltamos ficar sem roupa, aqui pega quase todas as roupas do guarda roupas.

- Vamos. - Pego o meu casado e entrelaço a sua mão na minha.

Saímos do chalé e vamos andando para o lago, ela observa as árvores que tem no caminho de pedras e se vira para mim.

- Lá no Rio de Janeiro dar para usar biquíni. - sorrio.

- Tá aí uma boa visão. - Digo e imagino ela de biquíni, ela ri.

- safado! - ela diz rindo.

No mesmo momento que chegamos ao lago nos beijamos. Nos afastamos e sorrio apaixonado.

- Se me dissessem naquele tempo que depois de um ano estaríamos juntos eu iria morrer de rir. - digo a fazendo rir.

- Eu também, é meio surpreendente. - seus olhos seguem em direção ao lago - Nós se odiavamos praticamente e hoje se amando e namorando. - ela volta a me olhar.

Gostaria de mudar essa fala dela e dizer "se amando ao ponto de querer como minha noiva" mas não esta na hora ainda.

Andamos mais para frente e ela se senta na ponta da ponte e eu prefiro ficar em pé, ficamos admirando a vista, olho para ela e já penso que esta na hora de pedi-la, ela esta sorrindo e seu sorriso é tão lindo que fico sem falar por alguns instantes. Sempre a achei linda, desde o início, desde a primeira vez que a vi deitada na minha cama toda desajeitada com seu cabelo bagunçado.

O amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora