ADORAÇÃO EM LOUCURA ORDINÁRIA

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Me fode!...foi tudo que ouvi dela naquela noite fria, sem pestanejar a joguei na cama e arranquei toda sua roupa numa necessidade frenética, acho que nunca fiz sexo com tanto ódio e desejo como naquele dia, cada estocada profunda nas cavidades macias faziam o corpo dela estremecer,  longe de todo sentimentalismo e falsa emoção, tudo naquele dia era carnal, cru, profano, era sexo entre dois seres até então tristes e malditos, sem perspectivas de felicidade
Cada tapa, arranhão, mordidas nos bicos dos seios alvos, marcas de minhas mãos nas costas, coxas e bunda daquela moça até então tão frágil...em meu corpo estão tatuados os desenhos abstratos das unhas dela, no meu pescoço ainda dá pra ver o roxo de um chupão, no fundo além da foda espetacular aquele era um ritual de exorcismo para nós, de nossas tristezas e perdas que nos levaram de encontro a realidade do mundo que não parou e teríamos de encarar, foi nosso ato sacro, um pedido de socorro dela que atendi sem saber bem o porquê e que no fundo também me salvou, depois de terminada nossa ação de loucura ordinária, ficaram nossos corpos abraçados, ofegantes aínda sentindo cada célula pulsar em um quê de satisfação, o esperma secando no ventre no quarto que agora era um templo de adoração...onde os únicos devotos éramos nós, a noite escura, uma canção de Cazuza tocando no rádio, um homem e uma mulher nus em um beijo demorado antes de adormecer.

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