- como assim, como isso aconteceu...
- os paramédicos falaram que como a batida foi bem feia e vocês bateram em uma pedra enorme, com o impacto o sinto da sua mãe se descosturou jogando o corpo dela para fora do carro fazendo com que ela tivesse um sério traumatismo craniano e vindo a falecer. Já seu pai bateu a cabeça muito forte no volante fazendo que ele quebrasse o pescoço...sinto muito querida.
- eles não podiam morrer, quem vai pagar as contas, meu wi-fi, minhas makes, minhas roupas, minha comida, a escola...caramba agora devem estar postando no twitter que eu perdi meus pais!? Minha vida tá arruinada!- digo gritando
- pare de ser fútil!!! Seus pais morreram e deixaram quatro crianças pra eu cuidar e você fica somente pensando no que as pessoas vão falar de você! Nem parece a garotinha carinhosa e meiga de anos atrás. Seus pais relaxaram na sua educação, deixaram você mimada e esnobe.
- não tenho culpa se eles prefiriam Anne, Victorie e Joseph do que eu. - falei secamente. Era verdade desde o nascimento das gêmeas os pais a deixaram de lado, cada coisa feita na escola era apenas mais que a obrigação, nunca um ótimo desempenho.
Após eu ter falado isso tudo ficou em silêncio.-------Quebra de tempo-------------------
- Bom Lena você descansou bastante, agora pode ir pra casa.- disse o Dr. Lindo, tesão, bonito e gostosão.
- obrigada doutor, por tudo.
- Não tem dique, é apenas o meu trabalho.- respondeu saindo do quarto.
Restou apenas eu e tia Mary Ann no quarto. O silêncio reinava até que ela solta a seguinte frase:
- seus irmãos querem te ver. Eu os deixei em casa com a Ro.( Apelido carinhoso que todos da família tinham dado pra ela.) As gêmeas, principalmente Vick, ficaram preocupadas com você. Anne falou que não se perdoaria se você morresse e não a desculpasse com você por ter gritado contigo.
- nossa a pirralha aprendeu bons modos. Gostei.- disse adimirada. Em casa ninguém pedia desculpas por livre e espontânea vontade. Mamãe e papai falavam que tínhamos que nos dar bem. Mas esquecer e trocar sua filha pelos outros filhos e ainda dizer que os ama igualmente é hipocrisia.
- ok onde eles estão?- perguntei. Quero acabar logo com isso.
- estão na sua casa, por enquanto. Como assim por enquanto?
- como assim por enquanto?
- o juizado de menores me mandou uma carta, como sou a única familiar de vocês, você e seus irmãos terão que ir morar comigo em Florestville. Eu sei que a casa é pequena mas dá pra todo mundo.- me respondeu.
- Eu não vou. Se quiser levar as crianças, pode levar,mas eu.não.vou.- a raiva tomava conta de mim eu sei que ela não tem nada a ver com isso mas eu não voltaria aquela cidade.
- então tá só que você irá pra um orfanato e lá eles não tem pena de ninguém. Eles espancam,estupram, te deixam sem comer, te batem e eles fazem de tudo pra se livrarem de você o mais rápido possível. É isso que quer? por que se for eu vou te deixar ir.- ela falava de forma firme, mas havia algo diferente em sua voz. Um amargor, com um pouquinho de rancor e tristeza.
- não, não quero isso,mas você pode só me emancipar e depois nunca mais vai ouvir falar de mim.
- jamais faria isso. Mal sabe fritar um ovo, limpar a própria sujeira e quer morar sozinha. Eu não serei assim tão irresponsável com você. Você não tem muitas opções ou vai comigo ou com o juizado você que sabe.
- ok vou com você. Mas só por que você não vai me emancipar.- respondi raivosa.
- aham e eu sou a cinderela. Vamos logo.
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Depois de tudo
General FictionEm um dia você é uma garota normal no outro é uma órfã com três irmãos menores. O pior de tudo é rever gente nas quais são um lembrete da vida antiga. Essa é uma história totalmente autoral. Plágio é crime. Caso queira dar idéia ou pedir ajuda chama...