Capítulo - VII - Ameaça Sombria

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No interior da densa floresta, os raios do sol atravessam a folhagem, como se fossem finas linhas quentes a atingir o ancião Tauym, que protegido por seu capuz realiza o encantamento de invocação das sombras, e que logo respondem ao seu chamado.

- Ancião, o que deseja de nós.
- Avise vossa mestre que Eveline, escolheu a criança para treina-la, assim que fizer 16 anos.
- Ela não teme a criança, mas deseja o fim de Eveline.
- Destrua-a ancião, é o desejo de nossa mestre.
- Eu farei o que for preciso, se isso me ajudar a obter o que desejo.

Escondida em uma moita, Luanar observa as ações do ancião.

- O ancião é um traidor, e está tramando com as sombras, devo avisar meus pais o quanto antes, pelo bem de G.S Eveline. Saindo correndo pela floresta sem ser notada, mas uma das sombras que vagavam pelo arredores, viu a espiã e a seguiu em sua direção.

O ancião Tauym, seguia pela floresta em direção ao caminho onde G.S Eveline passaria em breve, e preparou uma emboscada.
As horas haviam passado e a carruagem seguia sua viagem de forma lenta, mas em um determinado momento teve que parar, pois uma grande árvore estava caída no meio do caminho.

- G.S.Eveline, há uma obstáculo no nosso caminho, preciso corta-la para seguirmos viagem.
- Sim, faça o que deve, infelizmente ainda estou fraca, para lançar algum encantamento de levitação.

Mas nesse momento, um forte estrondo chama a atenção, quebrando galhos na floresta, algo muito grande se aproxima da carruagem.

- Que barulho é esse?
- Tem algo vindo até nós.

Até que bruscamente saindo quebrando algumas aevores, um grande Ogro se revelava, carregando uma grande clava, vinha empuarnd árvores pelo caminho, com seu grunhido ameaçador.

- Afaste-se criatura, deixe nos passar. disse o cocheiro, com sua espada em mãos, pronto a defender G.S Evelyne.

Com seus dentes enormes e bafo de pântano, a vil criatura não lhes deu atenção, atacando com violência, lançando o cocheiro para longe, e agora se voltava para a sua presa principal.

- Não o temo criatura, quem lhe envia até mim? Responda-me. Disse G.S Eveline, pegando uma espada que carregava na carruagem.

Mas, o ogro, com um sorriso mortal, levanta a sua clava e ataca, mas ela consegue se desviar do ataque, se jogando ao lado, estava muito fraca para atacar com a espada ou para lançar qualquer magia de proteção, e sem ter como se defender imaginou que aquilo poderia ser o seu fim.
Em uma nova investida, dessa vez para terminar o que lhe fora ordenado o Ogro salta em um último ataque, dessa vez mortal para G.S Eveline.
E quando a criatura estava prestes a concretizar o seu plano, um raio de luz o atinge em cheio, lançando para longe entre as árvores, caindo mortalmente.

- Sua afronta foi paga com sua vida criatura. Disse Alper Wank, membro do conselho Éufico de Efrayen, junto a soldados reais.
- Que os bons ventos o tragam, meu caro Alper, você me salvou.
- Ficamos sabendo do ataque no festival, Allard enviou mensageiros até nós e viemos para escolta-la e levá-la para a muralha.
- Podem ajudar meu cocheiro, está ferido.
- Sim, homens ajudem! E verifiquem se a mais algum perigo a espreita.
- Você está ferida?
- Não eu estou bem.
- Lamento não ter enviado mensageiros G.S Eveline, avisando de nossa chegada.
- Não há problema, você me conhece a muitos anos, não sou muito de ter ao meu lado uma escolta. E o caminho que escolhemos não parecia haver perigo, o ogro não tinha razão para nós atacar, me parece que alguém sabia que eu passaria por aqui, e planejou o ataque, talvez o mesmo do festival.
- Um traidor?
- É Provável, agora devemos voltar ao Ancião Allard e alertá-lo sobre os fatos ocorridos.
- Sim como deseja.
- Vamos homens, para o santuário de Aztania.

De longe o ancião Tauym, viu que seu plano havia falhado e se retirou em direção a escuridão da floresta para reportar as sombras.

- Venham até mim, eu lhes invoco.
- Ancião, conseguiste realizar o que foi prometido.
- Não consegui, estive próximo de destruí-la mas os soldados reais apareceram. O que devo fazer agora.
- Não és capaz de destruir Eveline quando essa estava sem poderes, não poderá enfrenta-lá no futuro, és fraco e não poderá honrar nossa mestre.
- Eu faço o que posso, isso não vai se repetir.
- Sim não irá se repetir, serás amaldiçoando pela cegueira ancião Tauym, não verás a luz, e apenas escuridão lhe farão companhia.
- Não podem fazer isso,eu sou leal.
- E seu precioso filho, que tanto espera ficará perdido no mar de Nor, no labirintos de netuno, não o verás, seu filho ancião, até que nossa mestre assim permitir.
- Não podem fazer isso, não podem.
- Já está feito ancião, o vosso destino e a de seu filho estão sobre as mãos de nossa mestre.

Caído ao chão, sem a sua visão, o ancião lamentava, pelas escolhas que fizera, e agora nunca mais iria ver a Luz do dia, e nem seu amado filho.

Enquanto isso, ao leste da vila de Torny, o navio Black&Netune, navegava veloz, enfrentando gigantescas ondas.

- Capitão, o que devemos fazer ?
- Sempre em frente homens, vamos chegar em nosso destino.
- Capitão, o que é aquilo logo a frente? Parece uma grande parede de rocha.
- Não é possível, ainda estamos longe da costa.

O grande navio foi surprendido por um grande paredão rochoso, com uma entrada em círculo, *o labirinto de netuno, e que seria a prisão do Black&Netune, até que a mestre das sombras o libertasse.

- O que faremos capitão?
- Vamos enfrentar o desconhecido, sejam firmes homens.

E a grande entrada por onde passará o navio, foi fechada e uma intensa nevóa se formou, fazendo tudo ao redor desaparecer, como uma ilusão marítima, restando no final, apenas a calmaria das ondas no mar de Nor.

- Isso é magia sombria capitão.
- É o que parece, mas não tememos o mar, nem o desconhecido a nossa frente, as velas homens, nós sairemos daqui...

* O Labirinto de Netune; uma grande formação de rochas vulcânicas, que pode ser invocado por uma grande força, que cria um labirinto mágico. Onde seus prisioneiros navegam por entre canais desconhecidos, que sempre estão a mudar, tornando impossível sair, sem a ajuda do poder de invocação.



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Britzley meu Adorável gato WiccaOnde histórias criam vida. Descubra agora