Capítulo 5

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O luar singelo e acolhedor da estação mais quente do ano conduzirá as meninas a uma simpática casa no alto dum morro.

—Uau!—Diane exclama sem reação—Será que tem sinal aqui?

—Não era bem isso que eu tinha em mente!—Akauana comentou.

—Pra mim tá ótimo!—Mellory diz descendo do carro.

—Tem certeza que a gente pode ficar aqui?—Diane indaga a Suzana caçando rede na varanda simpática que anunciava a entrada de madeira.

—A casa é de uma amiga!—Suzana explica soltando o cinto— Já avisei o Matheus!—avisa— Vamos!—insiste.

Akauana desce analisando as redondezas.

—Onde tá chave?—Mellory pergunta a Suzana.

—Tá embaixo do degrau solto!—Suzana explica.

Diane dá a volta na casa e vislumbra uma varanda simples com redes estendidas em direção a um céu estrelado. Mellory acena avisando Diane que elas abriram a casa.

—Aqui é lindo!—Diane diz deitando na rede.

—Eu poderia dormir aqui!—Akauana diz.

Mellory e Suzana juntam-se as garotas nas redes e passam um longo tempo observando as estrelas que a anos luz de distância explodem gerando aquele brilho encantador. Akauana adormece com o embalar da brisa, Suzana seguiu o mesmo caminho, enquanto Diane ainda lutava em adormecer respondendo mensagens. A mente inquieta de Mellory pensava em milhões de coisas e repetidamente a imagem de Fabi agarrada a Hugo passava diante de seus olhos. Relembrar é como esfaquear a si mesma, ela sabia disso, porém não conseguia conter aquela ideia fixa que despertou tantas indagações. Ela ainda não sabia definir, mas tinha certeza que mais de uma coisa a tinha deixado naquela situação de incerteza, contudo ainda com o sangue fervendo em suas veias a raiva não a permitia pensar com clareza. Decidiu dormir, talvez um estado de semiconsciência a distraísse daquele mar de pensamentos.

[...]

—Mãe eu não tô tentando te evitar...—Mellory falava ao telefone com sua mãe—...Não é isso! Escuta!... Mãe eu só tô dizendo que a gente não vai mais essa semana, só isso...—Mellory olha para Akauana a encarando do outro lado da sala—...Eu prometo que vou assim que der!... Sim antes de voltar pra Europa... Te amo! Tchau!

—Uma guerra e tanto convencer dona Julie!—Akauana afirma.

—Com certeza!—Mellory diz respirando fundo.

—Bom dia!—Diane diz se espreguiçando.

—Eu ainda tô dormindo!—Suzana se joga no sofá por cima Akauana.

—Nossa quanto sono!—Akauana comenta.

—Gente não tem nada pra comer aqui!—Diane avisa vasculhando o armário da pequena cozinha—Eu vou falecer desse jeito!

—Bem e agora Mel?—Akauana indaga.

—Por que eu?—Mellory devolve a pergunta.

—Vamos voltar pra casa de praia?—Akauana espera a resposta da amiga que pondera sem conseguir decidir-se—Ele fica no quarto que eu tava!—ela diz—Assim vocês tem um tempo pra pensar direitinho!

—Vai ficar com Henrique né safadinha!?—Diane implica.

—Argh!—Suzana se debate no colo de Akauana.

—Vamos logo suas bestas!—Mellory diz levantando-se do sofá.

O carro estacionou na frente da casa e Matheus que voltava de sua caminhada recebeu as meninas.

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