Capítulo 2

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Todos sentados na mesa de jantar comentavam sobre suas vidas cada dia mais corridas. Mellory com a carreira de modelo, Diane administrando um restaurante em plena Times Square, Akauana com os projetos de ações sociais da empresa de negociações e Henrique com os altos e baixos da bolsa de valores.

—Primeiro dia em Pernambuco e a gente falando em trabalho!—Diane reclama—Ninguém merece!

—Tá bom e o que a gente faz agora?—Henrique pergunta.

—Tu não tem nenhum tabuleiro não?—Mellory indaga.

—Se tiver tá no porão!—ele afirma.

—Aqui tem um porão?—Akauana pergunta.

—Eu não desço lá nem me pagando!—Diane afirma.

—Tá esperem aí que eu vou procurar!—Henrique diz.

—Se demorar muito vamos tomar o vinho sem você!—Mellory diz.

—Ah! Quase ia me esquecendo!—Akauana diz—Eu trouxe uns chocolates maravilhosos pra gente!—ela diz já subindo as escadas.

—Eu até iria junto mas o sofá tá confortável!—Diane se estira no sofá em L da sala de estar.

Akauana desmonta metade da bolsa em busca da caixa de chocolate que trouxera e quando retorna a sala, Henrique havia voltado com dois jogos, um de tabuleiro e um de cartas.

—Eu não sei jogar cartas não!—Diane reclama.

—E esse tabuleiro é de quê?—Mellory pega pra ler.

—Um joguinho, vinho e chocolate! Adoro!—Akauana balança a caixa.

—Pode passar pra cá!—Diane pede os chocolates.

—Verdade ou consequência em tabuleiro!?—Mellory lê em voz alta.

—Isso vai dar merda!—Akauana afirma posando para uma foto com Diane—Vamos jogar cartas?—pede com aflição.

—Eu vou perder, quero não!—Diane se pronuncia editando uma foto que tirará dos jogos em cima do tapete.

—Então vamos de verdade ou consequência!—Henrique diz entusiasmado.

O jogo não era muito complicado, haviam três montes de cartas de diferentes níveis. Akauana diria que eram os níveis de constrangimento que ela passaria nesse jogo e antes que tivesse de beijar Henrique contra sua vontade se certificou de ficar no meio de Diane e Mellory na ordem de jogada. Como um jogo de tabuleiro comum, ele tinha um começo e um final, e quem chegasse primeiro poderia pedir uma verdade ou uma consequência a qualquer um dos jogadores. Poderia ter sido divertido se depois da segunda taça de vinho Akauana já não estivesse fora de si.

—Ganhei!—Henrique exclama.

—Como assim?—Diane indaga.

—Tu tá roubando Henrique!—Akauana afirma.

—É você que tá roubando!—ele se exalta.

—Quem costuma trapacear por privilégios é você!—fala com ironia ácida Akauana a Henrique.

—Ah! Você tinha que falar disso!?—Henrique fala.

—Vije! Gente já tá bom!—Mellory se levanta desconcertada—Vamos dormir que já deu!

—Oxe agora que a brincadeira tá boa!— Diane fala.

—Aí!—Akauana se levanta atordoada apoiando-se em Mellory—Eu vou pro meu meu quarto!—ela passa pelo meio do tabuleiro derrubando as cartas e as peças.

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