Com vista para o horizonte

Capitulo 6

30/Setembro

Mais dois dias se passaram.

Sinceramente eu não sei como é que ainda me aguento aqui, acho que a companhia de Sehun tem ajudado bastante.

Ontem foi o meu primeiro dia no emprego part-time e devo dizer que até correu bastante bem. As pessoas que frequentam o estabelecimento são todas simpáticas.

Acho que desde que conheci Sehun as coisas têm vindo a melhorar, porém se houve coisa que aprendi estes anos é nunca largar os foguetes antes da festa, nunca se sabe o que está para vir...

——

Senti alguém a cutucar me com a caneta e olhei furiosa para o meu colega de carteira.

- Vais apanhar Sehun - falei sem produzir nenhum som.

- Vens comigo hoje? - perguntou baixo ignorando os meus pedidos para se concentrar na aula

Assenti e olhei um ponto qualquer na parede, na verdade queria falar com ele, contudo não me posso habituar demais á sua presença. Não tenciono correr riscos e ele tem sido alguém muito presente na minha vida na ultima semana. Parece que já nos conhecemos á imenso tempo e ele haje de maneira completamente diferente quando está comigo. Parece uma criancinha que precisa de carinho e atenção, mas eu não posso ser a pessoa que lhe vai dar isso e ele sabe disso. Ambos sabemos que qualquer tipo de aproximação é impossível entre nós. Por isso somos apenas bons amigos.

Trimmmmmmmmmmmmm - soou a campainha

-Intervalo - murmurou o poste que se senta ao meu lado e deitou-se sobre a mesa

- É a sério Sehun ? Preciso de aproveitar este intervalo para fazer os trabalhos de casa - digo e começo a empurra-lo para o seu lado

- Pára com isso -murmurou de novo - Tiveste tempo para fazer os trabalho, só não fizeste porque não quiseste -mostrou me a língua -

Suspiro, que cabeça dura ele é.

Olho em volta e vejo o seu telemóvel quase a sair do bolso das suas calças. Num movimento rápido agarro o e começo a correr pela sala vazia. Ah sim, nós somos as únicas pessoas que ficam nos intervalos na sala. Ambos odiamos a confusão dos alunos nos intervalos.

Quando ele percebe que lhe tirei o seu precioso aparelho tecnológico levanta-se e vem na minha direção com uma mão estendida e cara de porta.

- Devolve me isso Leonor - disse sério.

- Ah, agora já saíste da mesa - olho o com os olhos semi cerrados

- Dá-me - ergueu uma sobrancelha e apoio as duas mãos numa mesa

- Não - rio e nesse preciso momento ele começa a correr atrás de mim

Tirando o a parte que sou muito desastrada a correr, corria pela minha vida. Até que, para variar acabei por tropeçar o que fez Sehun me alcançar e agarrar me por um pulso.