Epílogo

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Olá, me chamo Angel, tenho 18 anos e sou um anjo...

Tudo começou quando Deus ordenou com que anjos vivessem em meio a sua maior criação... a humanidade. E com isto, alguns seres humanos foram presenteados com filhos gerados pela graça de Deus, e assim, nasceram os anjos na terra.
Segundo o seu criador, eles foram gerados para fortalecer e revigorar a graça dentre aqueles que perderam a sua fé.
Os anjos podem nascer de seres humanos comuns, e viverem suas vidas de acordo com seus costumes. Porém, com o objetivo de transmitir a fé através daqueles que se perderam.

Eu nasci na cidade de Massachusetts, Boston. Cresci dentro das paredes da casa dos meus pais dês do dia em que nasci, de acordo com o tempo as minhas asas se tornavam grandes e fortes, e assim meus pais sempre me orientavam em treinos de vôo nos fundos de casa.
Meu pai sempre me ensinava tudo o que se passava no ensino fundamental e cheguei a ter professores particulares, eu ainda tinha receio de encarar as pessoas do lado de fora. Mas agora com os meus 17 anos e com o início do ensino médio, é hora de encarar os pesadelos do lado de fora.

_ Está pronta?

_ Não... _ Sussurro, encarando minhas mãos espalmadas sob as calças jeans.

_ Ah, Angel... Eu imagino o quanto deve ser assustador pra você _ ... _ Mas eu sei que irá se sair bem, você é a pessoa mais corajosa que eu conheço.

_ Eu não quero ser corajosa, mãe... _ A mesma se aproxima de mim logo atrás das minhas asas recolhidas ao meu corpo _ Não agora.

_ O mundo lá fora pode ser assustador, mas você precisa ser corajosa _ Sinto seus dedos erguerem meu queixo fazendo com que olhasse o reflexo no espelho da penteadeira a minha frente _ Olha só pra você... você é a pura graça de Deus Angel, não deveria ter tanto medo das pessoas.

_ Tudo bem.

_ Vamos? seu pai está esperando _ Diz a mesma, alisando as penas rebeldes de minhas asas com suas mãos quentes.

Minha mãe sempre me incentivou, mesmo quando eu desistia de tentar. Ser um anjo tem seus males, e ela sabia disso tanto quanto eu.

Apanhei minha mochila no canto da cama e desci as escadas em passos lentos, eu não queria sair da minha zona de conforto nem por um segundo.

_ Bom dia meu amor _ Meu pai acena da cozinha, onde segurava uma pequena xícara de porcelana branca o que eu deduzi ser café _ Dormiu bem?

_ Queria pode dizer que sim... _ Apanhei uma torrada a mordendo logo em seguida.

_ Eu vou te levar na primeira semana, você precisa aprender o caminho.

_ O que?! _ Engasgo com um pequeno pedaço de torrada em minha garganta _ Você não vai me levar todos os dias?

_ Você tem que aprender a voar como os outros anjos, Angel.

_ Mas, pai...

_ Ele tem razão meu amor, você mal tira os pés do chão _ Minha mãe concluí, alisando meus cabelos brancos com delicadeza.

Suspiro profundamente tentando organizar meus pensamentos. Como eu poderia ir ao colégio voando? Tudo bem que anjos se tornaram comuns dentre os humanos... Mas eu acho que sou a única em toda Boston.

_ Agora vamos, você vai se atrasar.

Sigo os passos do meu pai até a porta da frente, onde logo pude ver o carro estacionado em frente ao jardim.
Sem pressa, entrei no passageiro e ajeitei as asas por de trás do banco para que eu não as machucasse.

_ Podemos ir? _..._

Suspiro _ Podemos.

Por todo o caminho os meus pensamentos se perdiam em meio as ruas do bairro, eu poderia ficar o dia inteiro pensando em formas de fugir desse maldito carro.

Fallen AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora