Prólogo!

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     Mais uma vez, essa história não é minha! Ela pertence a gardenshnail
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     Um estúdio e uma padaria é onde tudo começou. Frente a frente, apenas do outro lado da rua. Logo do outro lado da rua estão duas pessoas que nem ao menos sabem da existência um do outro. O moço da padaria trabalhava em dose dupla. Durante a manhã ele passava o tempo fazendo massas e decorando cupcakes. Durante a tarde, em seu intervalo, ele trabalhava fazendo codificações para suas aulas da faculdade. Após terminar seu momento livre ele voltava para cozinha, passando a misturar farinha, manteiga e açúcar mais uma vez até o começar a entardecer.

     Já do outro lado, quase vivendo naquele estúdio de artes, o outro homem. Muitas vezes mantendo-se lá dias e noites para completar seus projetos que pareciam nunca terem um fim. Ele tinha problemas financeiros e ter largado a faculdade tirava todas suas oportunidades de trabalhos nas proximidades. Toda sua renda era vinda de seus show artísticos ao vivo. E por mais que o estúdio fosse público ele era o único a utilizá-lo.

     O estúdio em si já estava quase em ruínas, era velho e praticamente abandonado, seu único ponto forte era que tinha água encanada. O artista, de alguma forma, durante suas estadias, deu seu melhor para transformar aquele lugar em o que acreditava ser aconchegante. Ele redecorou a construção, tentando esconder todos as manchas de umidade e mofos dos cantinhos. Assim como o estúdio, a padaria também era velha e rústica. Percebia-se pelas rachaduras entre os tijolinhos avermelhados e também pela mobília que era a mesma desde seus primeiros dias. Não haviam muitas pessoas que trabalhassem naquele restabelecimento, tinham muito menos que o frequentasse, mas os que iam eram o suficiente para manterem o negócio de pé. Entre os dois lugares uma longa rua se esticava, separando as construções. A rua não era tão movimentada, passavam um ou dois carros pelas nove da manhã, mas pela tarde, as cinco em ponto, ela estava sempre cheia.

     Ambos nunca pararam para reparar um no outro. Estavam sempre ocupados com seus afazeres para olharem para o outro lado da rua. O estudante com a cara na tela do computador enquanto produzia massa para os biscoitos, ignorando a dor em sua mão. O artista com a cara no pote de tinta enquanto comia último sanduíche de atum que restara em seu mini freezer — mesmo que ele odiasse atum. Surpreendentemente ambos têm vivido de forma despreocupada por quase um ano e meio. Sem olhadelas em direção do outro, sem visitas, nem ao menos um pensamentos sobre o que acontecia dentro do prédio afrente.

     O nome do moço da padaria era George. O artista, Clay. Nenhum deles imaginariam como suas vidas iriam seguir após terem se conhecido no lugar e na hora certa.

Do Outro Lado da Rua - Dreamnotfound (PT-Br)Onde histórias criam vida. Descubra agora