Sakurai Hayato, um jovem de 17 anos, cursa o seu simplório segundo ano do ensino médio no colégio japonês Fox Academy. Vivendo em Yiagamoto, uma bela cidade do interior, Hayato tem sua vida mudada após muitos acontecimentos e um grave acidente duran...
Um mês após o início das aulas do meu segundo ano no ensino médio, eu tive a desventura de ser perseguido por algo no meio da noite enquanto voltava para casa. Eu já estava correndo há muito tempo, já havia passado por muitos lugares com aquela criatura na minha cola, mas mesmo assim, nada que eu fazia adiantava para despistar esse perseguidor.
Os olhos dessa coisa são vermelhos...mas o que é isso...?!
A criatura indomável que me perseguia estava prestes a me abocanhar com sua mandíbula feral e me rasgar com suas garras extremamente longas. O monstro parecia ser um tipo de lobo cinzento exageradamente grande com olhos brilhando em vermelho e uma vontade insaciável de me caçar.
— Sai daqui...! — eu gritava em corrida pelos telhados mais próximos do distrito doze.
A criatura fazia muitos sons estranhos, entre eles, um rosnado era emitido de forma esplendorosamente bestial, e de fato, a criatura estava me caçando somente para saciar a sua fome feral da forma mais brutal possível.
— Ai...essa não... — eu murmurava para mim mesmo assim que olhava mais à frente da beirada do prédio onde eu estava em cima.
É o fim da linha...!
Eu olhava para trás assustado e era surpreendido por algumas tentativas de abocanhadas daquela criatura, e com isso, eu senti o verdadeiro medo do que é morrer sendo trucidado por um monstro igual a esse perseguidor prateado.
— ...não...não... — eu murmurava em desespero ainda correndo e fechando meus olhos para o que quer que acontecesse dali para frente.
Eu não podia dar qualquer curva, pois ele agarraria minha mochila, e muito menos tentar fazê-lo pular por cima de mim ou passar direto daquela beirada, pois aquela criatura já havia se mostrado muito inteligente desde que começou a me perseguir.
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A única coisa que posso fazer...é continuar correndo...
— ...isso é um sonho...não vai me fazer mal... — eu murmurava nervoso pelo momento ao verificar a beirada pouco antes de dar os últimos passos através dela.
Numa questão de segundos, meu corpo ficou mais leve do que o comum e eu senti que a criatura estava ficando mais longe ao me perseguir. Quando me dei conta, a beirada daquele prédio na qual "pulei" estava longe das minhas costas, e com isso, eu percebi que estava deixando rastros estranhos de faíscas amarelas no percurso, mas o pior momento que tive foi estar em plena queda para o terraço do outro lado da rua.
— Isso não pode estar... — eu murmurava ao tentar sentir a dor de uma perna quebrada. — ...acontecendo...? — eu ficava surpreso ao cair no chão sem dor alguma.
Eu consegui assustadoramente cair em pé no terraço do outro prédio sem sentir dor alguma nas juntas ou quadril mesmo com o peso da minha mochila nas costas.
