Capítulo 1

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Sabina POV

O trabalho havia sido cansativo hoje. Há 3 anos abri uma clínica de fisioterapia com minha amiga Any e ela só vem crescendo cada vez mais. Depois que terminei meu último relacionamento, o trabalho passou a ser minha prioridade e isso ajudou muito no crescimento da clínica. 

Meu relacionamento com a Martina durou longos 3 anos. Já estava até planejando pedí-la em casamento quando a flagrei na cama com outra.

Flashback on

- Larina, vou indo embora, tá? Você fecha hoje pra mim. Estou muita cansada.

-Sem problema, Saby

-Fico te devendo essa, amiga. 

-Um fardo de cerveja e estamos quites.

-Haha...passa lá em casa amanhã pra vermos o jogo juntas. Chama as meninas também.

Heyoon e Sofya adoravam se reunir pra ver jogo com a gente. No final, o jogo nem era tão importante, a companhia era muito melhor.

-Combinado. Agora vai lá pra sua mulherzinha. Ela vai adorar te ver chegando mais cedo.

-Siiim, vou fazer uma surpresa.

Entrei no carro e fui pra casa. Martina amava quando o serviço terminava antes. Eu fazia isso as sextas, mas hoje foi um dia atípico. Tinha somente um paciente marcado pra tarde e Sofya poderia resolver isso e depois fechar. 

A semana só estava começando e eu já estava morta de cansada. Havia passado o final de semana na casa dos meus pais dando atenção pra eles, já que minha mãe só reclamava de eu não visitá-los muito desde que iniciei meu relacionamento com a Tini.

Ela não gostava muito de ir na casa deles, dizia que precisávamos ter nosso tempo juntas já que eu passava a semana trabalhando. Eu concordava com ela na maioria das vezes. Porém, ia sozinha um final de semana de cada mês pra lá. 

Estacionei o carro de frente pra garagem e deixei pra colocá-lo pra dentro depois já que queria fazer o mínimo barulho possível.

Abri a porta da frente e estranhei as roupas no chão da sala. Subi as escadas mais silenciosamente possível. Já no topo eu conseguia ouvir uns gemidos vindos do nosso quarto. 

-Aaaaaahhhh... fode minha buceta, vai. Aiiiii....isso. 

-Goza pra mim, goza.

Tini estava de quatro na nossa cama com uma outra mulher comendo ela. A cena era digna de um filme pornô, a mulher puxava o cabelo de Tini com uma mão enquanto a outra fudia a buceta da minha namorada, ou melhor, ex.

-Atrapalho? - Com toda frieza do mundo e o máximo de auto-controle me pronunciei.

Elas viram pra mim com uma cara de espanto que nem o melhor livro de Stephen King consegue descrever.

-Amor? - Tini é a primeira a se pronunciar, com uma cara mais cínica do mundo. - Eu posso explicar.

-Não, você não pode. E nem quero explicação nenhuma. O pornô gratuito que acabei de ver já foi suficiente.

-Não, espera. Eu estava confusa. - Disse se levantando da cama e vindo ao meu encontro. - Você passou a me largar um final de semana em cada mês pra passar com sua família, eu estava carente. Desculpa, amor.

-Você agora quer culpar minha família pela sua traição? Eu sempre pedi pra você ir comigo, sempre quis te incluir nos meus passeios com eles. EU PRETENDIA TE DAR NOSSO SOBRENOME, SUA IMBECIL.

Falei essa últimas palavras com um misto de ódio e rancor. Não demoraria mais pra eu pedí-la em casamento. Nos dávamos bem na cama e na vida, 1 ano morando juntas e eu podia afirmar que aprendemos a lidar com as diferenças e os espaços uma da outra.

-Calma, amor. Deixa eu explicar.

-Vai embora daqui, Martina. E leva essa outra com você.

-Amor, me desculpa.

-VAI EMBORA AGORA.

Ela chorava desesperadamente e pegava sua lingerie no chão já que o restante da suas roupas estavam espalhadas no chão da sala.

-Amanhã peço pra Any deixar sua roupa na casa da sua mãe. Adeus.

Flashback off

Após esse episódio, Any passou a morar comigo. A casa era grande e sabíamos lidar muito bem uma com a outra. Éramos amigas desde a infância. 

Ela respeitava, mesmo que não concordasse, meu novo jeito de ver o amor, ou melhor, a falta dele.

Meus casos não passam de uma noite, essa é regra número um, além de outras que inventei pra cuidar do meu coração: não passar o número do celular, não dormir na mesma cama após o sexo, sem envolvimento sentimental.

Quebrando as barreiras | Versão JoalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora