Cosmo ↬ ᴛᴀᴇ + ɢɪ

𝘊𝘢𝘱𝘪𝘵𝘶𝘭𝘰 𝘴𝘦𝘪𝘴

— Estou surpreso que não tenha se machucado com o impacto. — disse ele lá do alto, o vento balançava levemente a túnica de seu yukata. — Você não pode ficar aqui, esse lugar foi feito para aprisionar algo.

Seus fios escuros aos poucos tomaram uma tonalidade azul, e apesar de ainda não estar entendendo o que estava acontecendo, Yoongi já estava pronto para esquivar de qualquer ataque físico que poderia receber. Ainda que o homem parecesse estar mais interessado em suas pernas do que em lutar, parecia curioso sobre algo, e então ele começou a sussurrar palavras desconexas, as quais o garoto não compreendia, mas sentia uma imensa dor em seus ouvidos como compensação.

— Me diga... O que quer aqui? — sua voz era grossa e rouca, igualmente a do homem misterioso que aparecia em seus sonhos. — Sei bem quem o enviou, e talvez eu poupe sua vida se contar a verdade.

Capítulo seis: Koi no yokan

Gracioso como uma pétala de flor ele desceu ao chão, como se pudesse andar sobre o ar. Seus olhos brilharam ainda mais quando Yoongi se posicionou para lutar, com um sorriso sarcástico no rosto ele levou sua mão as suas madeixas azuis como o céu e as bagunçou, aparentemente se divertindo com aquilo. Observou o quartzo rosa destacado em seu esterno começar a tomar tons vibrantes.

— Então... Prefere que eu tire as palavras de sua boca da maneira difícil? — estremeceu quando o homem começou a caminhar em sua direção de maneira tão serena. Yoongi pensou que ataques físicos seriam mais efetivos, por isso quando ergueu sua perna para acertar o rosto do maior pensou que logo o atingiria, entretanto teve sua canela agarrada pela mão forte do homem que simplesmente o balançou como se ele fosse uma pena e o arremessou para longe.

Logo ele se levantou com uma feição irritada, avançando mais uma vez tendo todos os seus socos e chutes desviados com facilidade, quando percebeu que estava quase o encurralando e tentou acerta-lo em seu ponto cego, mas errou novamente acertando com o punho na parede que foi destruída abrindo um buraco, grande o suficiente para que seus olhos se encontrassem com os de Seokjin.

— Até que você não é tão fraco quanto pensei que fosse. — admitiu o maior, seus olhos rosados em contraste com os cabelos agora azuis seriam um imenso charme se ele não estivesse a poucos segundos de arremessar o Min para longe mais uma vez. Aquilo parecia uma brincadeira tediosa para ele. — Se bem que Miyuki nunca usaria uma criança fraca.

— Como conhece Miyuki? — questionou, limpando a sujeira no canto de sua boca.

— Ah, então você sabe falar? — disse em um tom zombeteiro, prestes a se aproximar mais uma vez de Yoongi, que havia enfiado suas mãos na terra e estava prestes a iniciar uma pequena névoa de poeira – na tentativa de atacar por trás. — Sendo assim, me responda primeiro... Por que veio atrás de mim agora? — tinha certeza de que se não fizesse nada ele seria morto ali mesmo, podia simplesmente prever isso ao ver aquela expressão arrogante estampa no rosto de seu adversário. — Essa arma que você carrega em seu bolso... — seus dedos então deslizaram pelo braço fino e branquelo do Min que engoliu seco. — Crianças não deveriam usar armas, sabia?

Como ele sabia da tesoura?

— Armas afiadas como essa podem machucar alguém, ou até mesmo matar. — naquele exato momento Yoongi provocou a curta névoa de poeira, esperando ter ao menos alguns segundos para se posicionar, mas tudo o que ele viu foi a mão alheia atravessar a fumaça e a dissipar em apenas um movimento.

Ainda assustado Yoongi simplesmente enfiou a lâmina – fina, porém letal – da espada na barriga do homem atravessando-a por seu corpo e rasgando com sua lâmina curtos centímetros, suficientes para fazer com que ele cuspisse sangue no mesmo momento, sem muita expressão ele o olhou como se sentisse no mínimo um pouco de pena, um olhar assustador o suficiente para fazer o Min querer sair correndo.