Passando aqui antes de o capítulo começar pra avisar uma coisinha!
Como vocês podem ver eu deixei uma música aqui em cima, e eu quero fazer uma recomendação antes de tudo: apenas deem play nela na cena da taverna (na hora vocês irão entender), vai ser uma experiência bem diferente durante a leitura.
Obrigada, e boa leitura!
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Seus pés afundavam na neve enquanto ele caminhava em direção as lanternas flutuantes, a única coisa que o protegia era o guarda-chuva vermelho que se destacava no meio de todo aquele branco vazio e sem graça. Ele se imaginou durante um tempo brincando com Jungkook na neve, mas sabia que aquilo não passava de uma ilusão que ele mesmo criou para cobrir a dor.
Eu me pergunto o que as pessoas pensam quando veem a expressão deplorável a qual mantenho em meu rosto.
Será que elas veem a dor?
A raiva.
A solidão.
— Mamãe onde nós estamos? — ouviu uma garotinha perguntar enquanto era carregada nos braços de uma mulher mais velha. '' — Estamos no festival de Orioch querida. '' sorriu a mulher.
Lamparinas e lanternas flutuantes quase não se destacavam comparadas aos três dançarinos alegres presentes em cima do grande palco de pedras lisas. Aquilo o trouxe memórias. Os três rodopiavam suavemente na plataforma enquanto todos os que assistiam batiam palmas animados.
— Fiquei sabendo que eles são os três últimos que restaram. — alguém comentou no meio da multidão, pareciam chocados com esse fato. — Acho que entendo porque estão quase extintos, quem no mundo quer se identificar com esse elemento? — zombou baixinho.
A cabeça de Yoongi estava cheia, pensando sobre Nancy, sobre Shinwoo... Sobre a dança que deveria ter tido com Jungkook. Tudo isso que ele abraçou com tanto carinho esses anos simplesmente se perdeu, desaparecendo em um simples sopro.
— Ei moço — sentiu uma garotinha puxar o tecido de seu short, ele a olhou e ela o entregou um espetinho de carne. —, minha mãe disse que não pode ficar triste, então o senhor tem que sorrir... Assim ó! — sorriu largo.
— Certo... Obrigado. — acenou com a cabeça para a criança que logo correu animada para a mãe que apenas sorriu orgulhosa. Yoongi seguiu em direção à multidão, ainda segurando o espetinho e mantendo o guarda-chuva aberto.
A música ficava cada vez mais alta enquanto ele se aproximava da taverna, as luzes também se intensificaram e quando ele se viu estava no meio dos bêbados festeiros, guiados por um rapaz alto e de lábios carnudos, ele desceu da mesa de madeira assim que viu Yoongi entrar.
— Ora só o que temos aqui... — rodeou o menor com um sorriso amigável. — Nunca o vi por aqui... Mas tenho certeza de que o conheço, gostaria de fazer as honras? — ele tinha roupas elegantes, cheirava consideravelmente bem e seus olhos violetas eram chamativos demais.
— Desculpe... Eu te conheço? — estava preparado para puxar a lâmina escondida no cabo do guarda-chuva quando o rapaz simplesmente coçou a nuca.
— As almas se reconhecem por suas essências, não por sua aparência. — ele disse cantarolando uma música estranha, Yoongi estava achando aquilo muito estranho. — Com certeza já nos encontramos em outro lugar, pode não ter sido nessa vida.
Que conversa estranha.
— Não sei do que está falando, apenas me deixe ir. — pediu e ele assim o fez, sem resmungar sem nada. Logo anunciou que pagaria a próxima rodada de bebidas e todos festejaram em berros e brindes.
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Cosmo ↬ ᴛᴀᴇ + ɢɪ
RomanceEM HIATUS ATÉ SEGUNDA ORDEM Aos dez anos de idade Min Yoongi foi deixado em um estado deplorável, viu e viveu coisas que uma criança, um ser humano, não deveria estar vivendo. E agora que perdeu tudo o que tinha, seu único desejo é que o mundo int...