O Negrinho do Pastoreio

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Lá no Rio Grande do Sul.

Que era Fazenda Glória.

A Guerra dos Farrapos surgiu.

Com 10 anos de história.​

Certo dia chegou na fazenda.

Um menino pequenininho.

Miúdo, de olhos bem vivos.

Quanta dó, menininho.

- Está pronto, sim Sinhô!

Junto com estes Lanceiros.

Dizem que este guri.

Tava perdido lá no meio.

Voltaram da briga, Sinhô.

Continuava o capataz.

De olho nos outros escravos.

Que chegaram na fazenda, mas...

Senhor Domingo Matias.

Proprietário da Glória.

Inspecionava o guri:

- Oh! Que grande vitória!

Como está este guri?

Está pronto para o quê?

Perguntava Matias.

E o capataz dizia o que:

- Está pronto, sim Sinhô!

Junto com estes Lanceiros.

Dizem que este guri.

Tava perdido lá no meio.

Voltaram da briga, Sinhô.

Continuava o capataz.

De olho nos outros escravos.

Que chegaram na fazenda, mas...

A briga que dizia.

Era a Guerra dos Farrapos.

Matias deu de ombros:

- Juntem logo esses trapos!

Tem nome esse guri?

Não, Sinhô! – disse o guri.

Olhos baixos sem valor.

Antônio será seu nome, guri.

Antônio era dos bezerros.

Que já estavam desmamados.

Nas pradarias viviam.

Com o capataz do lado.

A história de Antônio.

Era contada pelos cantos.

Vivia com sua mãe bem longe.

Em um grande recanto.

Viviam na Casa Grande.

Cozinhavam, faziam doces.

Antônio acudia sua mãe.

Com jogos e bobices.

​Antônio colhia as frutas.

Mamão, abóbora, manga.

E coco para sua mãe.

Mas... nenhuma era pitanga.

Era doce de tacho.

CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora