Capítulo 9 DISPONÍVEL NA AMAZON

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Capítulo em comemoração ao título de Campeão Gaúcho 2020 do Grêmio! Não que ele mereça.... 


*.*


— Ana... — Rodrigo queria interromper o beijo, mas foi advertido de uma forma um tanto incisa.

— Cala a boca e me beija!

E Rodrigo obedeceu. Ele não tinha chance nenhuma com Ana. Se não conseguia nem inibir a entrada dela na clínica em que estava, quem dirá fazer ela o soltar.

Então a beijou.

A beijou como se sua vida dependesse daquele ato tão errado. Entregou-se a Ana como se ela tivesse o poder de decidir se ele viveria o próximo minuto ou não. Entregou-se de uma forma que ele nem sabia que conseguiria. Será que Ana conseguiria suportar se Rodrigo se entregasse por completo?

Era claro que não! Ana não passava de uma guria nova, bem nascida que nunca soube o que era uma vida de vícios e como Rodrigo lutava para conseguir se livrar de todos os que já tinha acumulado até aquele dia. Seria ela mais um tipo de droga que estava se viciando também?

Não! Ana Luz não poderia ser uma coisa tão infame assim. Ana não era uma droga, era um remédio que Rodrigo queria para que o curasse completamente.

Já Ana realmente estava no céu. Aquele era o presente que ela esperava de formatura. Trocava toda aquela formalidade toda para receber um pedaço de papel por aquele beijo. Principalmente quando Rodrigo, já desconfortável pela diferença de altura entre eles, a puxou para mais perto ainda quase que a pegando no colo.

Realmente aquele primeiro beijo que deram, muitas semanas e meses atrás, que nunca saiu dos sonhos de Ana era tudo aquilo que ela gravou em sua memória. Tinha, às vezes, a impressão que exagerava em suas lembranças, mas estando ali novamente nos braços de Rodrigo, queria arrancar a roupa dele ali mesmo.

— Calma aí, criança — Rodrigo conseguiu ser mais forte que o seu desejo e o de Ana, pelo visto.

A empurrou delicadamente e a abraçou com força. Ana tentava recuperar os domínios de seu corpo enquanto o coração de Rodrigo batia perto de seu rosto.

— Acho que essa é a minha deixa para voltar para a clínica. — Rodrigo disse depois de alguns segundos em que ambos se recuperavam.

— Não! — Ana o encarou. — Não vai, não. Acabou de chegar aqui e já quer me deixar? Ainda mais depois disso?

Rodrigo passou a mão no cabelo. Aquilo seria difícil, mas ele tentaria explicar, pela milésima vez que...

— Não adianta dar da desculpinha que isso não significa nada, que tu é um viciado em tratamento e eu mereço coisa melhor. Sério, Digo... Isso já cansou e a gente precisa encarar isso de frente de uma vez.

— Não há o que encarar, Ana. É a verdade. Nunca vai....

— Nunca vai poder existir nada entre nós — ela imitou a voz dele em tom de deboche. — Já cansei dessa historinha sem nexo e com um pouco de vitimismo, meu querido. Já fizemos do teu jeito e não deu certo. Agora vamos fazer do meu, por favor? Obrigada.

Rodrigo abriu a boca para falar alguma coisa, mas Ana não havia terminado, pelo visto.

— E qual seria o meu jeito? Simples, meu caro e amado Rodrigo. Deixaremos todos esses papos furados de que nunca daríamos certo pelos teus motivos ridículos e tentaremos nos relacionar como duas pessoas normais, pois é o que somos.

Rodrigo e AnaOnde histórias criam vida. Descubra agora