Parte 4

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Alguns meses depois

Dulce continuava em sua fase de recuperação, e que valia ressaltar que estava surgindo efeitos. Christopher estava seguindo fielmente o plano de reconquistá-la, todos os dias ela recebia um mimos diferentes: fosse um cartão apaixonado, flores, chocolates, mensagens carinhosas no meio do expediente e, as vezes, ele quebrava algumas regras e aparecia em sua casa disposto a apenas conversar e saber como havia sido seu dia.
Durante os últimos 120 dias, ele não desistira, e Dulce tentara negar a si mesma durante todo o tempo que não sentia mais nada por ele e que havia superado, mas era inútil. Definitivamente ela estava pronta pra entregar seu coração a ele novamente.

    — Hum, que carinha animada é essa, hein? – Anahí assoviou ao entrar na cozinha e vê-la sorridente, ela se encostou no balcão com sua caneca de café e continuou encarando a irmã em busca de uma resposta.
    — Eu estou só feliz – Dulce deu de ombros, escondendo o sorriso.

    — Vai, desembucha logo que você não me engana, Dulce María – revirou os olhos rindo – Essa felicidade por algum acaso se chama Christopher Uckermann?

    — Hum, se eu disser que sim você vai me julgar? – ela suspirou, enquanto encarava a irmã.

    — Jamais! – Anahí assegurou com um sorriso gentil nos lábios – Você é apaixonada nele desde que me conheço por gente, Dul, e algumas pessoas merecem uma segunda chance na vida. E se você se sente pronta pra dar esse passo, estou aqui pra te apoiar, com certeza! – a loira deu uma piscadela, recebendo em troca um sorriso cheio de dentes da irmã.

    — Fico feliz com isso. Ainda tenho que conversar com ele, mas enho certeza que é isso que quero e... – Dulce foi interrompida pelo toque de seu celular, ela cogitou ignorar a ligação por não conhecer o número, mas a pessoa do outro lado era insistente o bastante – Alô?

    — Nesse telefone eu falo com Dulce Saviñón? – era uma voz masculina e havia um barulho ensurdecedor de carros e buzinas do outro lado.

    — Sim, é ela. O que aconteceu? – ela franziu o cenho, olhando pra Anahí.

    — Sra Saviñón, encontramos o seu contato de emergência no celular do Sr. Christopher Uckermann, ele se envolveu num acidente de carro hoje de manhã e está sendo...

Dulce se apoiou no balcão, arregalando os olhos e sentindo o coração acelerar. Aquilo não poderia estar acontecendo, não é? Era uma pegadinha. Só poderia ser uma pegadinha e de muito mau gosto!

Anahí percebendo que a irmã havia ficado pálida e quieta, tomou o celular de suas mãos e continuou falando com o rapaz – que se identificou para ela como um paramédico. Ela anotou todos os detalhes do hospital e do estado de saúde de Christopher. Ele estava estável mas seria encaminhado para a cirurgia. E apesar de sussurrar para Dulce diversas vezes que ele ficaria bem, a ruiva só conseguia pensar que a história deles não poderia acabar assim. Ela precisava dele.

~*~

As horas na sala de espera passavam lentamente. Dulce estava sentada naquela poltrona azul desconfortável e gelada e balançava as pernas incessantemente, cansada de aguardar a visita do médico com notícias.

    — Quer um chá? – Anahí se aproximou dela com dois copos térmico na mão.

    — Não sei se vou sentir o gosto de nada, pra ser bem sincera – ela levantou o rosto pra encarar a irmã e suspirou, pegando um dos copos com ela – Mas obrigada! – sorriu de leve, vendo a irmã se sentar ao seu lado – Estou tão cansada de não ter notícias, parece que estou nessa sala há tanto tempo.

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