Ela beijava aquela noite, como nunca beijou-o antes, porque parecia que o amanhã não chegaria e ela estaria morta. Ele também, era recíproco. Ela tirava a roupa, ele também e deitavam na cama, se preparando pra uma longa noite de sexo.
Após acabarem, acenderam um cigarro, como aqueles clichês dos anos 70. Mas não era um de filtro, era um de palha. Eles escutavam os vizinhos conversando alto em um churrasco. Gritaram alto por conta do truco, o que incomodou ela.
- A gente faz sexo em silencio, porque eles não podem falar baixo?
Ele deu um trago em seu cigarro, e olhou da janela, aquela janela que mostrava um céu e o bairro quase que inteiro por ali. Grande parte das luzes estavam acessas, ainda, eram oito e meia. O cigarro acabou.
- Vamo tomar banho, ele dizia, se levantando indo em direção a cozinha para beber algo. Ela pegou a toalha atrás da porta e se enrolou nela.
- Vai vestir uma roupa. E sai da frente da geladeira, você vai gripar. Disse indo em direção ao banheiro. Ele deu um profundo gole olhando ela de costas, indo ao banheiro. Sua boca se enchia de água...
