Paranóia

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Senhora?

Já vou

A conta de água

Abri a porta 

Minha máscara?

Onde estava?

Obrigada

A conta

Passei a mão no rosto

A conta deu quarenta e sete reais

Um homem estranho esteve aqui

Eu desprotegida

O vírus?

Falta de ar

Ele veio da residência infectada

Estava nos sapatos?

Nas mãos?

Ao menos dei distância

A cama

Não fechei os olhos porque a desconfiança deitou comigo

Confinada poesias do isolamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora