Capítulo 11

651 49 7
                                    

Vida:

Meses depois.

Ferias em família, é isso que vamos fazer em South Beach, sim estamos indo para Miami. Quando digo família, quer dizer que até nossos namorados vão poder ir. Foi difícil convencer o tio Chris e o meu pai, mas conseguimos e é isso que importa.

Lorenzo Carter, demorou para aceitar que sua princesinha havia crescido. No dia que Jason apareceu em nosso porta e pediu uma conversa em particular com meu pai, pensei que ele ia morrer, gritos e um Lorenzo exaltado eram ouvidos. O meu medo era visível, minha mãe tenta me acalmar, dizendo que o papai só precisava de um tempo para assimilar que a filha dele já era uma, quase, mulher. Resultado? Papai ficou semanas sem falar comigo.

Lembrança on:

Cheguei do colégio e deixei minha mochila no sofá, indo até a cozinha, me deparei com meu pai bebendo água. Ele ainda não tinha me visto, pode analisa-lo melhor. Apesar da idade, Enzo ainda era um homem bonito, com a aparência jovem e que engana qualquer pessoa se contar a idade dele hoje em dia. Percebendo que estava sendo observado, meu pai se virou devagar e me encarou. Ficamos um tempo em silencio.

— Vai ficar quanto tempo sem falar comigo, papai? — minha voz já estava embargada, sei que ele percebeu também.

— Preciso de tempo. Do dia para noite, minha unica filha, resolve que quer namorar, acha que é fácil? — largou o copo e se aproximou de mim.

—Não vou morrer, pai! Estou fazendo coisas que muitas meninas da minha idade fazem, não tem nada de errado nisso. — comentei, indignada.

— Eu sei, Vida! E também sei que isso não fica só nos beijos. — tocou meu rosto. — So não quero te ver sofrer. — limpou uma lagrima que nem sabia que tinha caído.

— Preciso conhecer a dor, pai. Não posso viver na sua redoma de vidro para sempre, preciso crescer! Errar, ganhar, errar de novo, é assim que acontece. Como vou me tornar uma mulher forte, se você não me deixa ter a chance de errar e ser magoada uma vez? O senhor não vai viver para sempre, sabia? — toquei sua mão.

— Sei disso. — ele respirou fundo. — Desculpa por isso, filha. —me puxou para um abraço.

Senti que ali no seu peito estaria sempre segura, alias ele é meu pai, nem sair de casa eu vou ainda, só de pensar que um dia vamos ter essa conversa, já me deixa com dor de cabeça.

— Sempre vou ser a sua Vida. — sussurrei.

— Te amo.

— Te amo.

Abrindo os olhos, que nem percebi que estavam fechados, vi minha mãe encostada no batente da porta, sorrindo admirada. Colocou o dedo nos lábios, me pedindo silencio, sorrir e fiz um breve movimento com a cabeça.

— Não fica mas sem falar comigo assim, foi uma tortura!

Senti seu peito mexer em uma gargalhada, soltei-me dele e sorrir divertida.

— Desculpa por isso também, precisava fazer o meu drama. — piscou divertido.

Neguei com a cabeça e então começamos a conversar. De relance, olhei de novo para a porta e minha mãe não estava mas lá.

Lembrança off:

— Acabou? — Alec perguntou entrando no meu quarto.

Estava com duas malas, uma já estava pronta e a outra quase. Virei para o meu primo.

Apaixonados Para Sempre - Spin-off da Série ApaixonadosOnde histórias criam vida. Descubra agora