Por Jaqueline
Anos Atrás
Eu sofri muito com a minha fuga. Deixei meus pais que eu tanto amava por não aguentar ver minha irmã com o homem por quem eu estava apaixonada. Foi numa época de chuva que eu conheci a Marta, que me tirou das ruas e me acolheu em sua casa, que era um bordel. Certo dia, eu fui estuprada por um dos clientes do bordel e fiquei grávida. Dessa gravidez nasceu o Júlio, meu filho. Eu não podia criar uma criança naquele lugar, por isso decidi deixá-lo aos cuidados da minha irmã, Roberta. Foi muito difícil pra mim ter que me separar da única coisa boa que acontecera comigo naquela época: o meu filho. Alguns anos mais tarde, conheci o meu falecido marido, Herbert, com quem me casei apenas por ele querer me tirar daquela vida de prostituição. A Marta não fez nenhuma objeção, pois ela queria uma vida melhor para mim. Durante todos esses anos eu fiquei vendo meu filho crescer de longe: um detetive que o Herbert contratou para seguir os passos do Júlio, me contava tudo o que acontecia, me mandando fotos regularmente do menino. Quando ele completou dezoito anos, depois da morte do Herbert, resolvi voltar para o Brasil para tirá-lo da minha irmã.
Atualmente
Estou em meu apartamento em Aracruz e estou aguardando o Felipe, pois havíamos marcado de nos encontrar no Shopping Oriundi. O Júlio já jantou e está trancado no quarto, porque eu já fui muito boa com ele, mas ele passou dos limites quando me disse que sua verdadeira mãe era a Roberta, aquela filha da puta, piranha. Mas ele iria ter uma surpresa, quando eu contasse que o pai dele estava traindo a mamãezinha querida dele comigo. A campanhia toca e e vou atender.
— Felipe, que bom que você veio me buscar para irmos ao cinema — falei bem alto para que o garoto escutasse.
— Cadê o Júlio? Queria poder ver ele — pediu Felipe, quase como uma ordem.
— Ele está de castigo por ter me desobedecido — respondi, fria.
— Jaqueline, o menino já tem dezoito anos. Não acha muito infantil colocá-lo de castigo?
— Não — respondi, pegando minha bolsa, enquanto ele estendia a mão para mim.
— Vamos, então?
— Vamos — e saímos juntos para o Shopping Oriundi.
Por Carlos Henrique
Depois que o Felipe saiu com a vagabunda, eu e o Maury demos início ao plano para resgatarmos o Júlio. Com a ajuda de algumas ferramentas, conseguimos abrir a porta do apartamento da Jaqueline e fomos procurar o Júlio.
— Júlio? Você tá aí? — chamei, em frente a uma porta trancada.
— Tio Carlos Henrique? É o senhor? — ele perguntou, esperançoso.
— Sim, sou eu. Eu e o Maury viemos aqui para te resgatar das garras daquela vadia — respondi, abrindo a porta com a chave de fenda especial do Maury.
— Obrigado — ele me agradeceu, me dando um forte abraço.
— E eu? Não ganho um abraço também? — perguntou Maury, vindo da cozinha.
— Tio Maury! — ele deu um abraço no tio e desabou em lágrimas, nos revelando tudo o que sofrera nesses dias em que esteve sob domínio da Jaqueline. — Aquela mulher é uma peste. Vocês acreditam que ela inventou uma história de que eu sou fruto de um estupro?
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Apaixonado pelo Valentão (Romance Gay)
RomansaAlex odeia Fernando com todas as suas forças. Então porque seu coração bate mais forte sempre que seu inimigo está por perto? Essa é a história de Alex Martins, um jovem que sofre nas mãos de Fernando Ferreira, o valentão da escola. Ele não entende...