Capítulo 7 – Eu não sou mais ela
"Eu desmoronei na sua frente
Cheguei ao fundo do poço e afundei ainda mais
Tentando segurar a pouca esperança que restava
Estiquei as duas mãos para o altoIluminando o céu novamente nesse lugar escuro
Olhando em seus olhos, te dou um beijo de despedida
Ria o quanto quiser enquanto pode
Agora é a sua vez, um, dois, três..."***
- O que disse? – O elfo não ousou olhar para trás e encarar a mais nova, ela só poderia estar falando aquilo para irrita-lo.
- Eu disse: Que tal uma ajuda? Mesmo tendo essas enormes orelhas, não consegue-se ouvir uma simples pergunta. Bobão. – A meia ruiva ousou soltar uma risada, querendo fazer assim deixa-lo irritado.
- Ora sua... – Ezarel suspirou. – Que tal assim, eu vou fazer o meu trabalho e você continua vadiando por ai?
- Nah, eu tenho o tempo livre. Não seja tão orgulhoso, maninho. – O rapaz sentiu seu corpo tremer ao ouvir aquilo, mesmo tendo passado somente 4 anos ele ainda se sentia estranho quando ela falava daquela forma.
- Eu já disse que não somo irmãos, você já é grandinha o suficiente para saber disso e parar de falar dessa forma. – O menor por fim se virou e a olhou. Mas para sua surpresa, ela não estava mais lá para receber uma bronca.
- Ao menos não recusou em nenhum momento a minha ajuda, venha, vai ser divertido. – Paola havia se teletransportado a sua frente com seus braços atrás de sua cabeça enquanto caminhada em direção as flores cintilantes. O alquimista bufou e chutou qualquer pequena pedra perto dele, como uma garotinha tímida poderia ser tão atrevida?
Revirou seus olhos esverdeados, que destacavam em meio da luz azulada e a escuridão que a noite trazia, e começou a se dirigir rapidamente para perto da aengel. Afinal, não queria ser visto sendo ajudado por outro membro de outra guarda. Nem mesmo se fosse de sua guarda, na verdade. As pequenas vegetações, que pareciam grama, faziam uma trilha até onde a garota estava. Por algum motivo, ela queria seguir aquele caminho. Ela é mesmo muito exigente até em caminhar, será que criei um pequeno monstrinho? O elfo deu uma pequena risada, na qual foi ecoada pelas flores a sua volta, ao se lembrar de quando tinha tempo para ficar com ela e brincar.
O azulado se agachou, depois pegando os instrumentos necessários para pegar o pólen das flores. Precisava de muita concentração e cuidado, talvez tinha sorte de perceber que Paola tinha ficado quieta o observando. Se tivesse que depender de Alajea, com certeza teria perdido todo seu ingrediente. Pois aquela sereia só sabia reclamar que sua vida amorosa com Nevra, na qual nunca aconteceu, foi para o ralo
A meia ruiva, mesmo não sabendo nenhum pouco sobre alquimia, havia estudado sobre as echo flowers, ou para melhor conhecimento flores ecoantes, e entendia perfeitamente que o que Ezarel estava fazendo era algo que precisava de tempo e calma. Pois ambos não queriam que a flor morre-se, já que por ventura a pequena planta deixa cair todo o seu pólen ela iria morrer. A meia aengel dava um sorriso bobo ao ficar olhando o elfo, ele era muito bonito e com toda aquela iluminação em sua volta o deixava bastante atraente. Não deixou-se de corar com aquele pensamento malicioso, não, Ezarel tinha uma namorada e como um elfo irá levar esse amor até o final. Ele jamais iria poder gostar da maior de outra forma.
Como aquilo poderia ter chegado tão fundo? Lione e Ezarel nunca deveriam ter se apaixonado nessa realidade.
Paola balançou a cabeça, não, todos estavam felizes e era isso que importava. Ninguém havia sido morto igual a outra linha do tempo. A ruiva não poderia se apegar a ninguém. Não para ver o corpo sendo jogado no chão e com a alma sendo quebrada. Ela não iria deixar mais uma vez acontecer.
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EldaTale: Recomeço
RomanceO que aconteceria se um dia fosse parar em um mundo totalmente oposto do seu por causa de um círculo de cogumelos onde encontraria... Espera, Espera, Espera. Essa história a gente já conhece né? A humana vai para a floresta, encontra em um circulo d...