Noite de terror

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Tenho a sensação de estar caindo, mas nunca chego a lugar nenhum, com o tempo perco a noção de tempo e espaço, não consigo parar de gritar, sinto como se o nada também dominasse meu ser, desespero, é oque eu sinto.

Acordo assustado, tenho tido pesadelos nesses dias, não entendo porque, por mais que eu desenhe e leia meus livros não estou conseguindo preencher algo que sinto por dentro, desconheço totalmente este sentimento, mas espero superá-lo!

Era 2am (duas da manhã), como de costume tenho insônia, aproveito o resto da noite com um livro de Schopenhauer, julgo os livros como meus melhores amigos, eles falam bastante, mas paro de escutar quando quero e não preciso abrir minha vida para eles.

Faz algumas semanas dês que a Letícia me disse sobre seu namoradinho, não entendi ao certo a relação deles, mas pela minha breve análise escutando conversas dela com suas amigas pude perceber que é algo muito irrelevante e nem pode ser considerado um relacionamento de fato, está mais para brincadeira de crianças; Não pense o pior de mim caro leitor, eu não estou negligenciando a dor dela causada pelas inúmeras desavenças de um namoreco infantil, visto que sou viril conhecedor de primeira das explosivas emoção causadas por disturbo hormonal da adolescência, ou puberdade, como queira.  

Horas se passam e foi uma madrugada um tanto quanto conturbada, tive alguns delírios na madrugada, a privação de sono causa coisas estranhas em minha mente, no começo estava tudo bem, então decido entrar no chuveiro, não sei descrever o que estava sentindo naquele momento, era como se existisse um buraco negro dentro do meu corpo, um anseio, mas um vazio, como se eu quisesse algo, mas não poderia ter, então debaixo do chuveiro comecei a esbravejar, mas minha vontade era gritar, me esmurrar, eu queria sentir algo, uma turbulência começou em minha mente, era só dor, eu não via luz, eu queria algo, eu precisava de algo, mas não poderia ter.

Começo a esmurrar a parede, o quarto do meu pai era ao lado, mas ele não estava na cidade naqueles dias, eu sem saber medir minha força continuo e machuco minha mão, mas eu não paro, eu consegui sentir, algo desviou minha dor interna, e a externa era melhor que aquilo, eu continuo, continuo, continuo, então ela aparece no banheiro, vem correndo quando me vê no chão, abre a porta do box e se assusta com a agua se misturando com o sangue, não sei como foi para ela naquele momento, acho que ela entendeu tudo no mesmo instante, era fácil ligar os pontos, a forma que eu era, como eu agia, faltas recorrentes, sumiços repentinos e desinteresse por pessoas.

Ela me vê no chão e com o chuveiro ainda ligado se abaixa e se senta ao meu lado se deitando sobre mim me abraçando com toda intensidade, ela parece que sabia oque fazer naquele momento, não diz uma palavra, apenas fica lá comigo; Então ela se levanta fecha o chuveiro e pega a toalha e me ajuda a levantar, sem dizer uma palavra.

Já indo para a cama estava quase no horário para irmos a escola, então ela fala:

- Vamos deitar na sua cama, não vamos a escola hoje.

Eu concordo e deito, fechando meus olhos e passando a mão encima do curativo que ela havia feito pouco antes.

- Eu sei que a poucos dias começamos a nos falar, mas eu sempre soube que você tinha algo, sei que não é o momento agora mas eu sempre reparei em você, eu nunca soube como dizer e você parecia tão inalcançável, o fato é que eu te admiro profundamente e eu nunca vou deixar você sozinho, nunca vou deixar você escapar de mim de novo, você é meu e sempre vai ficar comigo, você consegue me prometer que nunca vai me deixar?

- Letícia, eu não sei oque dizer neste momento, eu sei que está dizendo isso com medo de me perder, e sei que está tentado fazer eu parar de me machucar, seja fisicamente ou emocionalmente, mas pode ter certeza que está entre linhas que eu nunca vou te deixar, mesmo quando nos falávamos, eu já te disse você é tudo para mim.

- Lukas, eu fico abismada como você é inteligente e sabe ler as pessoas, eu queria ser assim também; Enfim, eu sei que você acordou de madrugada porque também estava acordada, vamos dormir agora, eu estou aqui com você, boa noite, ou bom dia. (da uma pequena risada como se a piada tivesse graça)

- Boa noite dragãozinho. (indago e ela aparece por cima de mim com uma cara de quem não entendeu nada)

Então continuo deitado de lado oposto a ela, ela se vira fazendo uma conchinha, na hora eu achei estranho, mas depois de uns segundos era como se aquilo tudo preenchesse algo dentro de mim, estava me sentindo confortável e protegido, tinha alguém para contar mesmo em momentos de desespero, isso era novo, estranho mas ao mesmo tempo maravilhoso no tipo contagiante.



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OI MIGX, EU VOLTEI! 

Depois de alguns anos, dois para ser exato, eu decidi voltar depois que entrei aqui e vi que tinha muitos leitores e favoritos, além de poucos comentários pedindo para escrever mais.

Bom, volto um pouco mais maduro e espero conseguir passar tudo que imaginava para esses dois, e sim, eu trouxe um tópico pesado neste cap por motivos de: todos crescemos e quero passar oque vivi nesses meus 21 anos; É muito complicado discorrer para mim sobre o assunto, estou passando algo que me abala muito até hoje, sei que muitos de vocês não tem uma Letícia para ajudar nessas horas, mas espero que minhas palavras imprimidas aqui possam ser sua companhia e também te levante para procurar ajuda e viver. 

O Cap foi curto, mas creio que seja mais fácil para mim fazer caps curtos e todo dia soltar um pouco, para conseguir lidar com o trabalho e afins.

Sobre o tema da obra, não sei muito bem se seguira assim, é algo muito profundo e meio dark, quando comecei me lembro até de me sentir um pouco culpado, mas sim, esses dois ainda vão viver muitas aventuras juntos, espero sugestões de vocês, se tudo der certo abro um tt para o livro, mas por enquanto pode ser nos comentários.


*SEM REVISÃO ORTOGRÁFICA E NARRATIVA*

O pecado do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora