5 My son

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Enquanto Anahí não chegava, aproveitei para subir e tomar um banho. Confesso que me sinto estranha tomando banho aqui nessa casa, dormir naquela enorme cama foi estranho e andar por aqui nesse silêncio é pior ainda.

                     
Será que todos os meus dias são assim? Eu fico sozinha o dia inteiro? E pior, eu sou sustentada pela Priscilla? Não acredito nisso, logo eu que sempre pensei em crescer e me tornar independente.

                     
Entro no closet e escolho uma roupa simples, short, blusa de mangas curtas e calço os chinelos de bananas que estavam perto da cama. Só podem ser meus, até porque o outro chinelo tem estampas de um desenho que eu nunca vi na vida.

                     
Saio do quarto e desço, chego na sala e me jogo no sofá. Me sinto como uma agregada nessa casa, uma hóspede. É muito esquisito essa sensação, porque essa casa basicamente é minha. Eu moro aqui à... Não faço ideia de quantos anos, mas moro aqui. É meu lar.

                     
Meu lar.

                     
Mas por que para mim essa casa parece apenas uma casa desconhecida?

                     
Perder a memória é uma merda sim, eu só queria lembrar de certos momentos, mas tudo é apenas um borrão na minha mente. Batuco os dedos em minhas pernas e observo em volta, tudo muito bem decorado. A sala tem uma decoração moderna, uma televisão exageradamente grande, enormes sofás, sério, esses sofás parecem camas. Tudo muito lindo, preciso tirar um dia para conhecer minha casa.

                     
É até engraçado pensar nisso. Vou conhecer a casa que eu moro à anos.

                     
A campainha toca, só pode ser Anahí. Levanto sorridente num pulo só e corro até a porta, a abro e...

                     
— Puta. Merda!

                     
Exclamou boquiaberta ao ver aquele mulherão sorridente parada na porta me olhando. Anahí! O tempo a mudou bastante, mas aquela boca, é irreconhecível assim como seus olhos e o sorriso. Seu corpo também está mudado, se antes ela tinha um corpo maravilhoso, hoje ela tem o corpo perfeito.

                     
— Então é verdade... – ela comenta, porém parece falar consigo mesma. Seu sorriso diminuí um pouco e seus olhos ganham um brilho triste, eu franzo o cenho e em segundos sinto meu corpo ser puxado para frente e envolvido em braços gigantes. — Que saudade.

                     
Anahí fala contra meus cabelos, o ar quente que saí de sua boca faz cócegas em meu couro cabeludo. Me encolho contra ela, suspirando alegre por tê-la ali, é bom estar com minha melhor amiga no meio de toda essa loucura. Anahí acaricia meus cabelos e beija o topo de minha cabeça, sorrio.

                     
— Seu abraço continua o mesmo acolhedor e quentinho de sempre.

                     
Minha voz saí um tanto abafada pelo fato de minha boca estar com a metade dela pressionada contra o vale entre os seios de Anahí. Ela parece ainda mais alta agora, os peitos estão ainda maiores. Alguém deve fazer a festa nesses peitos.
                                     
                       
— Claro que continua. – finalmente ela se afasta de mim, sorri e acaricia meu rosto. Fecho os olhos para aproveitar o carinho. — Mas me conta – saí entrando sem nem ao menos pedir licença e ainda me empurra para que eu saia de sua frente. Meu queixo caí, ela continua a mesma abusada de sempre. — Como foi que aconteceu essa loucura toda aí? Alfonso chegou lá em casa desesperado contando tudo, que você tinha perdido a memória, que queria bater em Priscilla. Quase morri de tanto rir.

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ 𝑺𝒕𝒖𝒑𝒊𝒅 𝑾𝒊𝒇𝒆 Onde histórias criam vida. Descubra agora