Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A nebulosidade da Escócia sempre foi um aspecto característico, principalmente nessa época do ano. Cinquenta e oito fahrenheit era a previsão para aquela amanhã. O frio quando somado à fortes rajadas de ventos, poderia fazer com que até os mais resistentes ao clima buscassem por um agasalho ou maneira de se aquecerem, e foi exatamente o que a garota fez entre suas cobertas. Mia balançava os pés cobertos por meias de lã por mais de quarenta minutos, o tempo não era familiar a garota.
Além disso, a dilatação dos vasos sanguíneos de sua região ocular queimavam. Era aproximadamente oito e quatorze da manhã e a jovem bruxa se quer havia pregado os olhos. Como uma boa metediça, virou a noite buliçosa e afoita, mas diferente os outros dias, não sentia-se cansada. Seu corpo já havia de estar se acostumando com a sua rotina irregular de sono.
Em contrapartida, o seu hipocampo tinia em lembrete. Não conseguia abstrair-se do que o Sr. Olivaras a disse. Os recursos limitados fizera com que a bruxa não pudesse entrar em contato com os seus pais, mas não havia um minuto em que não quisesse compartilhar as suas descobertas com eles. Mia soube em minutos o que buscou por anos e as surpresas estavam longe de cessarem. Podia sentir.
O Castelobruxo sempre teve uma postura implacável para com curiosos e perguntadores, não é atoa que a localização do castelo é mistério para viajantes. Além de extremamente protegido por magia, também é guardado por caiporas, pequenos seres espirituais, peludos e bastante arruaceiros.
Era inestética a forma como até a biblioteca era supervisionada por criaturas mágicas.
Rebuscar professores ou alunos naquele lugar era algo completamente estúpido. Não obteria respostas e sim correções. As punições para com o descumprimento dos famosos quatro preceitos áureos eram severas em demasia e Mia já as sentiu na pele, mais de uma vez, é claro.
𝑺𝒆𝒎 𝒐 𝒒𝒖𝒆̂ 𝑺𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆̂ 𝑶𝒏𝒅𝒆 𝑶𝒖 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐.
Antes do mapa mexeriqueiro, Mia já havia tentado burlar as diretrizes douradas. No terceiro ano com uma poção polissuco e no ano passado com sua forma animaga, uma raposa ebúrnea. O que resultou em uma varinha mal-ajambrada e incapaz de realizar o mais simples dos feitiços, meses de detenções e um afastamento intratável da CLADP-Confederação Latina Americana De Poções. O que de certa forma, poderia ter sido muito pior se os uaiuaras, guardiões da sessão reservada, ao menos receassem que a raposa de olhos índigo e pragmática encontrada aos arredores era na verdade uma animaga ilegal e intrometida. Risco que no fim equivaleu a ralhação, pois ao furtar um exemplar do livro amolambado e sem destaque na lateral esquerda da sessão nove, Mia descobriu que os Grandier, do seu frívolo diário, fazem parte de uma aliança heteróclita de sangues puristas orgulhosos, os sagrados vinte e nove; o que a tirou da estaca zero e viabilizou sua viagem à europa.
