CHAPTHER THREE - HORROR

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iii. HORROR

FOI DIFÍCIL SEQUER PENSAR nos primeiros minutos daquela manhã

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FOI DIFÍCIL SEQUER PENSAR nos primeiros minutos daquela manhã. O enjoo que revirava meu estômago se acentuou quando tentei me colocar de pé, assim como as pontadas dolorosas na minha cabeça. Beber como uma jovem imprudente e sem perspectiva nunca era uma boa ideia, mas não deixava de ser necessário as vezes. Quase sempre.

O céu ainda estava em um azul profundo quando levantei do sofá e amarrei as botas silenciosamente. Embora Asterin hibernasse quando se tratava de seu sono, cuidado nunca era demais. A conversa com Élodie martelava no fundo da minha cabeça e eu sabia que a bruxa estaria me esperando na porta de casa impacientemente. Me certifiquei de parecer o mais sóbria e apresentável possível, o que consistia em amarrar o cabelo no alto da cabeça e desamarrotar a camiseta que cheirava a álcool e fumaça.

Era o suficiente para procurar uma criança rebelde perdida na floresta.

Como já se era esperado, Élodie me aguardava impaciente de braços cruzados em frente a sua casa, as flores imaculadas de sua pequena plantação brilhando sob os resquícios de luz do sol, assim como sua expressão cansada, que reluzia fracamente entre o cenário. Ela franziu o cenho ao me ver, caminhando até mim rapidamente.

— Eu trouxe o que me pediu. — Disse abruptamente quando chegou perto o suficiente, sua voz arranhando meus ouvidos sensíveis e fazendo minha dor de cabeça aumentar. — Só achei esse colar. Dei pra ela quando ela era jovem, as gêmeas tem um parecido. Eu já tentei fazer diversos feitiços para achá-la mas você sabe que o meu conhecimento nisso não é suficiente. Pelo menos não em situações assim. Aquela garota...

Pus uma mão reconfortante em seu braço, sentido-a respirar fundo, o cansaço realmente parecendo invadir seus ossos. Era uma inagem penosa, certamente. Ela levantou a cabeça, os olhos cintilantes em minha direção.

— Diga-me que vai acha-la e traze-la de volta, Nyx. Pela Mãe. Por favor. Prometa-me, por favor.

Um nó se estabeleceu na minha garganta. Com os ombros tensionados, a cabeça estralando e os a voz incerta, eu apenas apertei meus dedos ao redor da pele fria de seu braço. A confiança que eu tinha quando sai de casa parecia escorrer pelos meus poros lentamente. Não era uma situação ruim. Não parecia uma situação ruim. Mas promessas são perigosas quando não temos garantias.

E observando a situação atentamente, no mundo em que estamos e sendo quem somos, nunca temos nenhuma garantia.

Peguei o colar em mãos, o fio de tecido trançado cor-de-rosa era curto e guardava como pingente uma pedra de mesma cor, embora mais clara. O cordão estava desgastado e a pedra levemente lascada mas era mais que suficiente para um feitiço para que eu pudesse encontra-la ou pelo menos ter uma noção de onde ela poderia estar.

Feitiços como esse exigem um certo tipo de magia que certas bruxas, mesmo as mais poderosas, não foram ensinadas. Feitiços parar rastrear, encontrar ou seguir eram muito usados durante a Caça as Bruxas, onde possibilitava principalmente que localizássemos umas as outras ou, se utilizando de magias antigas, soubéssemos onde os caçadores alados estavam. Era principalmente sobre conhecimento e hereditariedade. Vovó foi uma dessas bruxas e consequentemente mamãe teve que aprender quando a matriarca não tinha mais energia para feitiços tão engenhosos. Eu aprendi o básico por curiosidade e, mais tarde, aperfeiçoei por necessidade, para manter a minha própria segurança.

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⏰ Última atualização: Feb 07, 2022 ⏰

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