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Hey Ladies! Encontrei este rascunho de dois anos atrás e agora estou postando para acalentá-lxs <3

Será este e mais um capítulo! (Estou finalizando o próximo -e último) 

Espero que gostem! 

Desfrutem! Grande beijo, Amy <3

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Em algum universo não tão paralelo assim, a vida de Miranda e Andrea se cruzam após dois anos de Paris.
Andy conseguiu sua tão sonhada vaga como colunista no New York Times, e isso a leva a correr as ruas da cidade, enfrentar metrôs lotados, falar com a polícia, atender telefonemas malucos e parar nos lugares mais improváveis possíveis.
Faziam algumas semanas desde que em uma coletiva do Jornal, Nígel apareceu com uma coçadinha na careca brilhante e elogiou o bumbum redondo na saia Valentino.

—Oh Nígel, não se emocione. Eu trabalho de Jeans e AllStar's todo dia. Hoje é só imprensa, mais nada.

E era a verdade.

Eles trocaram telefones e Andy lhe deu uma piscadela na partida.

Então, enlouquecidamente, a sexta feira havia chegado e ela estava tão maluca quanto as anteriores. Andy estava colada em sua mesa, um cotovelo apoiado ao lado do teclado, os dedos coçando o couro cabeludo e ainda nem era quatro horas da tarde. Pela primeira vez em meses, uma dúvida de incerteza brotava em sua cabeça, uma felpa espetada em seu crânio perguntando-lhe se ela realmente é capaz de seguir em esta profissão. A xícara de café já não fumegava mais, os sons da sala cheia de mais eram apenas um chiado confuso, a mistura de passos pesados, de vozes alteradas, telefones tocando incansáveis e dedos batendo no teclado com mais força que o necessário, a mistura de inspiração e vontade de ir para casa.
Andy esfregou as palmas contra o rosto, respirou fundo e releu seu último parágrafo. Ainda não estava bom o bastante, e foi quando os dedos se alongaram para voltar a digitar que o telefone vibrou contra a mesa.

O número desconhecido lhe chamou atenção e a curiosidade a fez apertar o botão verde e levá-lo ao ouvido.

—Hey estranha! Boa tarde! Espero que não esteja interrompendo nada urgente, pois não me importo.

—Nígel! —saiu de Andy com uma risada. —Pensei que você nunca ligaria.

—Oh querida, em algum momento eu ligaria. Então, hoje irei comemorar o dia em que o mundo da moda ganhou um novo pupilo, ou seja, que eu nasci. Será algumas bebidas, alguns amigos..  e eu queria ver suas medidas naquela saia Valentino outra vez.

Andy não pode conter a gargalhada, o riso reverberando por sua barriga.

—Será as oito, lhe enviarei o endereço.

—Oh Nígel, —Suspirou Andy —Não sei se posso comparecer, estou presa em um artigo.

—Oh garota, apenas uma noite. Quando sair do trabalho, passe por aqui. Minhas reuniões são sempre longas, sempre há alguém que gosta de ver o sol nascer, tão simplório.

—Não prometo nada!

—Ok, não esqueça da saia.

E foi ao chegar no apartamento vazio e solitário, que ao verificar seu telefone, Andy recordou a mensagem de Nígel com o endereço. Era onze horas da noite, a cidade começava a se acalmar mas ela estava elétrica. Talvez Andy fosse uma destas pessoas que gostava de ver o pôr do sol após uma longa e feliz noite.

Tomando um banho rápido, Vestiu a saia Valentino, calçou seus scarpin's chocolate, sua jaqueta de couro de mesma cor do sapato e a saia rosa, o zíper marcando seu quadril.

Quando O Sol NascerOnde histórias criam vida. Descubra agora