Os escolhidos-A Seleção LIVRO I [CONCLUÍDO]

•capitulo 3•

A estrada fria de wolfensbergh não era o melhor lugar para se passar a noite,mas para Elizabeth a cama quente e confortável também não parecia mais um,a mesma cruzava um beco escuro usando uma capa preta em meio a madrugada na esperança de não ser reconhecida,era um plano brilhante exceto por um detalhe;

- Elizabeth?- remu ficou boquiaberto a rever a garota de mais cedo cruzar a rua tão rapidamente a ponto de mal ver seu rosto,o garoto corria atrás da mesma desviando de alguns dos poucos carros que passavam por ali,tudo parecia bem menos movimentado talvez por conta do horário que já marcavam pra lá de meia noite,quando o garoto percebeu estava em mais um das dezenas de becos que havia corrido,encarou a seu redor e viu a garota o observar de longe imóvel sem dizer nada a respeito;

- o que faz aqui garoto?- ela o questionou se aproximando abaixando o capuz de sua capa negra fazendo seus olhos azuis brilharem sob a luz fraca do lampião a cima de sua cabeça;

- acho que não devo voltar para casa essa noite,e você o que faz a essas horas na rua majestade?- o garoto cruzou os braços como se lançara uma bronca sob a mesma;

- é difícil sair de dia,paparazzies,povo,não é seguro!- ela o respondeu colocando novamente o capuz e se virando em direção a rua,o garoto correu até a mesma a acompanhando lado a lado;

- imagino,mas não seria melhor estar no aconchego dos seus cobertores quentes?- o garoto a fitou;

- seria,mas onde ficaria a diversão nightmar?- a mesma o questionou,ela estava certa os muros do Castelo eram seguros mas tediosos,já fora deles a liberdade cantava sua melodia inexplicável do desconhecido;

- imagino que deveria também voltar para sua aldeia,para de baixo de seu cobertor- a mesma o questionou;

- creio que sim,mas onde ficaria a diversão wolfensbergh?- os dois se viraram uns para os outros,a garota abriu um sorriso de ponta a ponta gargalhando de remu que parecia envergonhado por se dirigir tão informalmente a rainha

- tão divertido o modo como fala,o sotaque,não me parece um nightmar!,de onde veio?- a garota parecia intrigada por conta do sotaque um pouco arrastado do garoto que soava sofisticado para alguém que morava em um local tão pequeno quanto nightnar;

- danvroud,ao Sul,deve já ter conhecido somos famosos pelos melhores tecidos do continente sem contar na nossa culinária,não é perfeita mas...- ele dizia enquanto saltava por algumas lixeiras sem nem se quer expressar medo em cair de uma;

- danvroud, não sabia que sulistas tinham sotaques tão bonitos,me sooam românticos,bem apaixonados na verdade- a garota entrelaçada uma mão a outra delicadamente como se caminhadas pelos jardins enormes do Castelo em mais um dos seus encontros orquestrados pela rainha para que a mesma achasse um bom marido para se casar;

- apaixonado,é uma boa definição,talvez eu esteja apaixonado- ele a encarou o clima silencioso,os olhos azuis brilhantes de ambos brilhavam ao se cruzarem uns com os outros,ambos estavam com um sorriso bobo estampado em seus rostos,Mas claro que o destino é incerto uma constante mudança de caminhos,mas quase sempre suprendente e isso nos leva a nightnar a vila ao sul mais exatamente a casa de celeste,que a pouco tempo havia sido invadida pelo ciclo a mando da própria Selene;

Celeste encarou o pequeno lampião a frente de sua porta piscar assim que a mesma se apriximara da entrada,um simples empurrão em sua porta e as pessoas de capas negras em volta de sua minúscula sala se fizeram presentes;

- oi denovo irmã quanto tempo- Selene riu ao ver a reação surpresa de celeste ao ver a mesma sentada no sofá de sua sala,a mesma tentou correr para fora mas fora agarrada por um dos homem de capa que a colocou de joelhos a frente de Selene que parecia feliz de rever a irmã depois de tanto tempo- que bom que nunca saiu do conforte de nossa antiga casa,ainda sinto cheiro de insenso

A expressão de nojo era clara no rosto da mulher capa escura,ela estava enojada por voltar a sua antiga e simples aldeia,pra ela era como sair de um castelo direto para o submundo,um erro quase inadmissível para a mesma que se mantinha esnobe sentada naquele pequeno sofá de couro bége;

- não deveria estar aqui,não deveria nem se quer ter vindo a nightnar depois de tudo que fez,é muita falta de senso- celeste abriu uma expressão rabugenta revirando os lábios e os olhos em sintonia;

- não vi falar sobre nosso relacionamento conturbado garçonete- e novamente a expressão esnobe tomará sua face- vim tratar de negócios,falar de dinheiro mas duvido o que saiba o que é um

O olhar de seleste correu ao redor da pequena casa como se risse do modo simples em que a mesma se encontrava apenas moveis desgastados e poucos enfeites,uma casa sem luxos mas bem cuidada mesmo que ainda sem muito,celeste pareceu ranger os dentes a cada olhar de nojo que Selene lançava sobre seus pertences;

- o quer,fale de uma vez e suma,não quero que fique aqui- a mulher cerrou os punhos sobre o chão;

-esta com medo- Selene gargalhou ao ver a irmã tremer como um galho contra o vento,ela estava aflita,sua imaginação a pregava peças e seu pensamento era voltado a reação de remu que em breve estaria em casa,o que ele acharia se visse Selene a mulher matou seu pais sentada em sua sala- eu não vou te machucar celeste não seja medrosa vamos lá existe muita coragem em você!

Celeste a fitou com ódio antes de soltar um grito alto e apontar o dedo na cara de Selene que quase saltou para trás do sofá;

- vai me matar como fez com Berta?,achei que tivesse um pingo de decência Selene,o mínimo de humanidade possível se é que existe algo além de ganância em você- celeste a socou no rosto fazendo as pessoas de capa a apontarem armas;

- parem!- Selene exclamou passando a língua sob o sangue que escorria de seus lábios logo em seguida abrindo um sorriso sarcástico- eu deveria te matar,mas não como fiz com a Berta,deveria te dar uma morte lenta e bem dolorosa

A mulher disse pausadamente,Celeste rapidamente sussurrou um feitiço a adaga brilhante se formou em frente ao rosto com sangue de selene;

- sem jogos Selene,não sou sua marionete,vamos resolver pacificamente nossas questões,ou eu vou a arrancar essa sua cara pálida e pregar na minha porta- celeste a ameaça sem medo não a nada que ela temia,a morte provavelmnte ronadava aquela casa mas ela não a temia seguia com firmesa e confiança sem sooar sua preocupação com o sobrinho de ambas que poderia voltar a qualquer momento;

- sem jogos hum?- a mesma parecia gostar do tom de confiança da irmã,um simples sinal e todos abaixaram as armas,eram apenas Selene e celeste agora frente a frente sem arma ou interrupções- quero que me de o garoto!

Celestes gargalhou assim que a mesma ouvirá Selene,ela jamais o entregaria,motivos claros eram o que não faltariam,Selene era desequilibrada o suficiente para mal saber cuidar de si própria,celeste manteve a ideia ao ver o sobrinho entrar desamparado naquele bar aos prantos;

- eu sou uma piada pra você Selene?,me mate antes de ousar dizer outra besteira do tipo,morrer ainda é melhor que ouvir seja lá o que tiver pra dizer- o tom sarcástico era claro em sua voz,Selene reagiu os dentes e cerrou o olhar tornando os olhos negros como aquela noite;

- bom acho que é a nossa despedida!- Elizabeth sorriu a encerrar os enormes portões do Palácio,o sol voltava a nascer e ambos estavam em péssimas condições,vagaram pelas ruas a noite toda se divertiam o máximo que podiam porque sabiam que na manhã seguinte voltariam a ser dois estranhos desconhecidos;

- quero que saiba que foi uma ótima noite,é uma boa pessoa Elizabeth- o garoto sorriu deslizando suas mãos pelos cabelos negros da mesma que abriu um sorriso radiante o puxando para um abraço;

- é um bom rapaz remu,sempre será um,sortuda será a mulher que poderá chama-lo de seu- ela sorriu as lagrimas corriam pelos rostos de ambos,seus corações apertadoa temiam a partida,mas suas almas livres os empediam de ficarem juntos,o tempo corria,o raios de sol ja alcançavam as torres altas do Palácios os portoes se abririam em breve,um último olhar um último brilho naqueles olhos que já trasbordavam tristeza,os corações jovens e partidos de duas pessoas diferentes unidas pelo tal do destino;

- adeus remu- a garota beijou sua bochecha correndo para dentro sem olhada para trás deixando sua capa vooar com o vento e suas tristezas saírem em formas de singelas lágrimas;

- adeus Eliza- os portões novamente se fecharam eram apenas remu agora a caminho de sua casa...