CAPITULO VIII

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Meu primeiro impulso foi pular para dentro do elevador e apertar os botões

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Meu primeiro impulso foi pular para dentro do elevador e apertar os botões. O monstro que tinha a forma de uma cobra gigantesca com escamas escuras e olhos tão amarelos quanto ouro, reagiu ao meu movimento brusco avançando para dentro do elevador, ela acabou batendo a cabeça no espelho, partindo ele em vários pedaços. Foi quando as portas começaram a fechar e num movimento desesperado, obriguei meu corpo a pular para fora da grande caixa de metal e comecei a correr.

Sem olhar para trás, apenas ouvindo — o barulho da cobra — corri desesperada, tentei entrar nos banheiros para me esconder, mas estava trancado. Com a respiração ofegante corri até a Ala mais larga de Esculturas Europeias. Entrei na Galeria de Barroco e Rococó e me escondi atrás de um dos pedestais, consegui recuperar um pouco da respiração, mas o silêncio que havia se formado me incomodava, porque isso significava que eu não sabia onde o monstro estava.

Não sabia o que fazer e eu estava sozinha. O pânico começou a tomar conta de mim, a respiração ofegante voltou e meu corpo todo tremia. Eu definitivamente não podia ter uma ataque de pânico ali! Com o pouco de controle corporal que ainda tinha, disquei o número de vovó. Tocou cinco vezes até cair na caixa postal.

— Droga. — sussurrei. Liguei mais duas vezes até ouvir um sibilo vindo em minha direção.

O monstro adentrou a galeria e instintivamente prendi a respiração. Ele passou pelos primeiros pedestais até se aproximar do meu, ele se levantou e ficou em cima do pedestal onde me escondia. Meu coração batia tão rápido que fiquei com medo de que a criatura pudesse ouvir. A criatura olhou para os lados e se virou em direção a galeria seguinte, achei que ia conseguir fugir dali mas, para minha má sorte meu celular começou a tocar, era minha avó.

Lancei o celular para um lado e imediatamente a cobra disparou em direção ao barulho, usei essa chance para fugir para outra galeria. Entrei na Ala de Artes Africanas, Oceânicas e Americanas e me escondi novamente atrás de um pedestal. Ainda escutava o som instrumental de "Hall of Fame" — meu toque de chamadas — quando fui surpreendida por um senhor mais velho de pele negra, cabelos curtos e levemente grisalhos, trajado com um terno azul escuro e uma camisa branca e uma gravata borboleta da mesma cor do terno.

— Finalmente te encontrei pequena Alex! — ao ouvir aquele apelido, o reconheci na hora, o senhor a minha frente era sr. Dominique Dion ou como ele preferia ser chamado sr. Dom, era um amigo de longa data da minha avó. A última vez que havia o visto, eu tinha pouco mais de 5 anos então não o reconheci de imediato.

— Sr. Dom temos que sair daqui! — sussurrei. — Tem um monstro no museu!

— Eu sei! Eu estava com sua avó na sala de controle quando vimos o que aconteceu no elevador. Como esse monstro é? — ele disse se esquivando pelos pedestais.

— Como assim? Como esse monstro é? O senhor não o viu pelas câmeras?! — adentramos a Ala de Arte Grega e Romana, indo em direção a uma porta onde tinha os dizeres " Galeria 199 para Exibição", sr. Dom abriu a porta com uma chave e entramos.

A Pedra do Dragão | O Legado dos Deuses Livro I [EM PAUSA]Onde histórias criam vida. Descubra agora