A Love to Remember I FRED WEASLEY

Fifth year - Part III

Não que Annabeth achasse que Fred estava brincando, mas também não fazia ideia de como eles sairiam de Hogwarts sem serem vistos.

Fred havia pedido que ela fosse até a sala comunal da Sonserina e trocasse de roupa. As pessoas em Hogsmeade não se importavam muito sobre os jovens andando por lá, mas ir até o vilarejo de uniforme era esfregar demais na cara deles. Então Annabeth correu até o quarto rezando para que não houvesse ninguém por lá e colocou uma calça jeans, um par de botas pretas de cano baixo, um suéter vermelho e verde escuro com vários desenhos geométricos que a lembravam do natal e um casaco grande verde-militar que havia ganhado de sua Tia Hazel que acreditava que o Reino Unido era o local mais frio do mundo.

Annabeth se olhou no espelho antes de ir, não estava tão desarrumada a ponto de não poder ir a um primeiro encontro, mas também não estava arrumada o bastante para que notassem os dois. Desceu correndo as escadas do dormitório, quase tropeçando nos últimos degraus quando parou de repente.

– Espere, isso é um encontro? – murmurou. – Ele não disse se era um encontro. É um encontro? Por Merlin, e se for um encontro?

Ela respirou fundo e continuou, mas dessa vez mais devagar.

Ia perder todo o dia de aula. Ia à Hogsmeade em um dia de semana! E iria fazer tudo isso na companhia de Fred Weasley! Ela estava tão animada que mal conseguia parar de sorrir. Subiu as escadas e abriu a porta correndo, passando pela pedra úmida que ficava escondida a entrada para a sala comunal. Ela deu apenas alguns passos no corredor antes de esbarrar em Fred.

– Fred! O que está fazendo aqui?!

– Te esperando – respondeu ele, com as mãos no bolso de sua calça escura e um sorriso no rosto. Fred usava uma um casaco verde quase da mesma cor que o de Annabeth, apenas um pouco mais escuro, mas só porque era de tecido.

– Primeiro... Estamos combinando – ela apontou de si para ele com um sorriso bobo no rosto que ele logo retribuiu. – E segundo: poderiam ter te visto. Você não acha que seria estranho encontrarem logo você aqui?

– O que tem de errado comigo? – perguntou ele quando eles começaram a ir em direção ao terceiro andar.

– Grifinórios não são bem encarados por aqui – disse ela.

Annabeth suspirou enquanto eles chegavam ao corredor do terceiro andar mais rápido do que de costume. Não era possível isso ser algo errado. Até as escadas colaboraram para que eles chegassem logo!

– Preste atenção. Vou te mostrar um dos maiores achados de George e eu.

Annabeth olhava em expectativa enquanto Fred parava em frente a estátua da bruxa de um olho corcunda e tirava sua varinha do bolso.

– Dissedium – disse ele apontando para ela.

Por alguns segundos, nada aconteceu. Quando Annabeth abriu a boca para algum comentário com 60% de chance de ser irônico, a bruxa se moveu.

– Por Deus... – disse ela, olhando para o buraco que a estátua havia deixado atrás de si ao deslizar para o lado. – Como você encontrou isso?!

Ela olhava estupefata para Fred e ele riu balançando a cabeça.

– Um dia eu te explico. Venha, vamos logo.

Ele pegou na mão dela e eles entraram dentro da passagem secreta. Era muito escuro, mas Fred parecia conhecer muito bem, pois nem sequer precisou projetar luz com sua varinha.

Annabeth olhou para mão de Fred entrelaçada na dela e seu coração parecia saltitar. Ele estava pronto para sair de dentro dela e a culpa era toda dele. Um toque em sua mão, apenas um e Annabeth desejou que ele nunca soltasse.