Capítulo 8

2.3K 136 538
                                    

"– James, acorda, o café da manhã já foi servido."

--04/08/1977, Sala Precisa, 9:45 pm.—

POV. Lily Evans

Era estranho pensar em tudo o que está acontecendo, ver o quanto o meu filho sofreu, me faz chorar todas as vezes que vou tomar banho, esse é o único momento em que eu me permito colocar para fora toda essa dor. Eu ainda nem pari esse menino, mas só de ver ele me chamando de mãe, eu já tenho vontade de abraça-lo e percebo que James também está tendo as mesmas reações. Com tudo isso, estou vendo um lado novo dele, um lado extremamente protetor e responsável, como se ele tivesse mesmo se tornado um pai no exato momento que começamos a ler a primeira carta, não que ele não fosse protetor antes, mas ele está diferente...

Todos nós estávamos sentados na sala de estar, os dias aqui na sala precisa estavam sendo muito tranquilos, finalmente, os Marotos e o Snape estavam se dando até bem, ainda não chegavam a ser amigos, mas já conseguiam conversar por cinco minutos sem se matarem.

- Posso ler a carta de hoje? - falou Snape

- Pode sim- falei entregando para o garoto a carta.

"O PRIMEIRO ANO

Mãe, não se preocupe, eu sobrevivi (Alguém que se preocupe com a sanidade mental da minha mãe, por favor, acalme ela, faça um chá, ou alguma coisa, dê seu jeito, ela precisa estar viva para eu nascer. Outra coisa, essa carta são um pouquinho maiores. Pronto, agora podemos conversar)

- COMO ASSIMM? - falei já me levantando- TUDO CULPA SUA, POTTER, ESSA SUA GENÉTICA DE MAROTO...

- Calma, ruiva- disse Sirius- e é a genética de maroto que o transforma num mini Veado.

- Já falei, Sirius, é cervo e outra, pode ficar tranquila Lily, pelo que eu tô vendo vai ser essa genética de maroto que irá salva-lo em várias situações.

Hagrid me levou para o Beco Diagonal em Londres para pegar minha herança e comprar materiais escolares, inclusive uma varinha e Edwiges, uma coruja nevada. Ao mesmo tempo Hagrid pega um pacote secreto bem pequeno do Gringotes no cofre 713 (eu fiquei muito curioso).

- Realmente, sendo filho do James, nunca que ele iria deixar esse detalhe passar- falou Peter.

Durante a compra do meu uniforme, conheci o primeiro bruxo da minha idade, Draco Malfoy (que menino chato, puta que pariu, doninha saltitante dos infernos. Já dá pra perceber que eu não gostava dele nem um pouco né, mas ele merece), foi com ele que eu comecei a ouvir sobre as Teorias sangue puristas, sobre as casas de Hogwarts e quadribol. No dia 1 de setembro, Tio Valter me levou à estação King's Cross e me deixou lá sozinho, sem a mínima ideia de onde ficava a Plataforma, por isso, acabei perguntando para uma mulher ruiva, Molly Weasley, como fazer para entrar no mundo magico, ela prontamente me ajudou e a partir daí ganhei o mais próximo que eu tive de amor familiar.

Uma pequena lágrima começou a escorrer do meu rosto, meu filho não merecia isso, ele merecia que eu e James o criassem com todo o nosso amor, era pra ter sido James a ensina-lo a jogar quadribol, a incentiva-lo a ir pra Grifinória e nós o levaríamos pra plataforma, estaríamos lá quando ele recebesse a carta e quando fizesse sua primeira magia acidental. Nesse momento, Marlene, que estava sentada ao meu lado, me puxa para colocar a minha cabeça em seu colo e começa a fazer um leve carinho me transmitindo um pouco do conforto que eu precisava.

Já no trem, eu conheci meus futuros melhores amigos, Rony Weasley e Hermione Granger ( no começo eu e Rony não gostávamos nem um pouco da Hermione, principalmente Rony, que dizia que ela era uma sabe-tudo chata e irritante, mas vocês já devem imaginar onde todo esse ódio deles deu né). Ao chegar à escola conhecemos os outros primeiranistas e fomos levados de barco até o castelo (Foi simplesmente uma das melhores sensações da minha vida, o castelo é simplesmente e maravilhosamente incrível) onde a Professora McGonagall contou um pouco sobre a escola e fomos direcionados até o Salão Principal, onde iriamos ser divididos em casas. Quando chegou a minha vez, eu estava com muito medo de ser posto na sonserina, não que eu conhecia muitas pessoas pra julgar, mas pela primeira experiência que eu tive com as mini cobrinhas, essa casa começou a não ter uma aparência agradável pra mim...

Cartas para o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora