ENTRE O E A AMIZADE

FIZ UM INVESTIMENTO...

                                                                                    CAPÍTULO VI

... QUERO OS LUCROS DO MEU INVESTIMENTO. 

No hospital Victor Hugo acabara de perder uma criança, ela havia nascido com problemas respiratórios, ele fez de tudo, mas ela morreu em suas mãos.

Ele estava em casa há horas quando Flor o viu no sofá deprimido.

- Oi, tudo bem? – ele não respondeu.

Ela ficou preocupada ele não estava bem, se ajoelhou perto dele apesar da pouca luz notou que ele estava chorando.

- Hugo por favor, o que houve? – e começou a acariciar seu rosto.

Ele não poderia passar por mais esse tormento e então lhe contou:

- Ela morreu em meus braços. – e chorou.

Flor não teve dúvidas precisava consolá-lo. Ergueu sua cabeça e o colocou em seu peito, e com as pernas ao redor do seu corpo o abraçou. Ficaram assim por horas, às vezes ela dizia algo para consolá-lo e outra ele dizia que ela era muito boa para ele. Estava se sentindo melhor e acabou adormecendo nos braços da amada.

 Quando ele despertou, ela também tinha adormecido. Tentou se mexer, mas ela acordou então lhe agradeceu deu um beijo em sua testa, e foi para seu quarto dormir. Deixando-a com seus pensamentos. Se ele quisesse beija-la ela deixaria sim deixaria e iria adorar. 

A mãe vendo o filho cada vez mais apaixonado foi conversar com Flor, certa tarde de domingo em sua casa.

- Queria muito falar com você Flor. – disse simpática.

- Sim. – respondeu ela mais simpática ainda.

- Victor Hugo te adora. Você é uma grande amiga para ele, e eu gostaria de lhe pedir que me ajudasse a fazê-lo se decidir de uma vez.

Flor não estava entendendo, mas se calou.

- Existe uma mulher maravilhosa... vou lhe mostrar a foto dela qualquer dia, seu nome é Betisa.

Ela estava entendendo agora, dona Sara queria que ela convencesse Victor Hugo a se casar com a tal Betisa. Sara astuta e cuidadosa, falou das vantagens e dos sentimentos que o filho tinha por Betisa, e que o casamento entre as famílias seria de muita ajuda na carreira do filho. E para Betisa seria a união da vida dela, pois ela o amava há mais de dez anos e ele a ela.

- Nossa tanto tempo assim.

- Sim, é um amor forte, sólido. Ela não mora no Brasil, mas quando vem ele fica em êxtase.

Flor acreditou, pois algumas vezes quando viajava e na sua volta ele estava muito feliz e dizia que suas férias tinham sido maravilhosas. Foi com tanto empenho que ela aconselhou Victor Hugo a se casar com a bela moça da foto que ela viu, que ele se irritou.

- Porque está me falando de Betisa?

- Ela é linda, Hugo. Parece uma pintura e ela te ama.

- Ama-me!? – riu lembrando-se da última vez que estiveram juntos e ela lhe contou do grego com quem estava saindo atualmente.

- Flor porque esse interesse agora? Você quer que eu me case?

- Claro que quero e sua mãe adora Betisa, ela iria ficar tão feliz.

Só poderia ser coisa de sua mãe mesmo pensou ele.

- Está bem Flor, vou pensar no caso se você parar de falar tanto nela.

- Oh! Hugo que bom. Você será muito feliz com ela, pode ter certeza.