John B é um menino que leva uma vida pacata na Califórnia com sua mãe, depois que o pai se foi eles decidem ir para Outer Banks morar na casa que era da avó de John B, mal ele sabia que lá ia encontrar a menina que o faria feliz novamente.
Sarah C...
Aqui estou eu, indo com a minha mãe pra um lugar chamado Outer Banks, não tenho muitas lembranças de lá, sempre íamos quando eu era pequeno, mas com o passar dos anos fui parando de sair com os meus pais, coisa de adolescente que quer ser "independente". Só lembro de ir pra lá no enterro da minha vó, sinto falta dela, assim como sinto do meu pai, nós éramos muito ligados, amávamos surfar no verão, ele me ensinou tudo que sei.
Passamos por uma placa azul, onde dizia com letras grandes "WELCOME TO THE OUTER BANKS", olhei para o lado e minha mãe dormia, sorri. Ela é a pessoa mais forte que conheço, perdeu as duas pessoas que amava e ainda continua na ativa, é trabalhadora e não se deixa vencer, acredita muito em Deus, e pra ser sincero, eu também. Creio que se alguma coisa acontece é para aprendermos e nos tornarmos mais fortes, acho que é por isso que Ele permite algumas coisas, mesmo não sendo boas. Enfim, chegamos a uma casa, ela não é grande, mas também não é pequena e dá vista para um rio. Estaciono a van que era do meu pai na frente da casa e desço, dou a volta e abro a porta do lado da minha mãe, a acordo com cuidado.
— Já chegamos? – ela diz se espreguiçando e eu sorrio assentindo, ajudo ela a descer, a mesma pega a chave em um dos seus bolsos de sua calça e abre a porta, a casa estava em ordem, mas um pouco empoeirada, nada que uma faxina não resolva.
Abro a porta de trás da van e vou tirando as coisas, tem bastante caixa com coisas e malas com roupas, trouxemos tudo que deu, deixamos lá só as coisas que não eram importantes.
Aos poucos fomos colocando tudo pro lado de dentro, ajudei minha mãe a tirar o pó das coisas, ela tem alergia e fica com falta de ar, então tive que fazer isso sozinho, enquanto ela colocava as coisas no lugar. Chegou a noite e estávamos exaustos decidimos dormir, a casa tem dois quartos, um é no tamanho médio e outro é um pouco maior, eu fiquei no menor. Tirei a roupa que estava e tomei um banho, pois estava todo suado e sujo. Depois disso me joguei na cama.
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Acordei 08:20 com o despertador do celular apitando sem parar, o peguei e desliguei, então dei mais uma cochilada, quando abri os olhos de volta vi que já se passava das dez da manhã, levantei da cama em um pulo, acho que nunca dormi tanto assim. Ouvi a voz da minha mãe, ela parecia estar falando com alguém passei reto indo no banheiro que ficava na frente do meu quarto, escovei os dentes, fiz minhas necessidades e passei um perfume, seja quem for precisava ficar um pouco mais apresentável.
Entrei na cozinha e vi minha mãe conversando com uma menina, ela é morena, tem olhos escuros e cabelo enrolado, ela é linda.
— John, que bom que acordou, essa é Kiara. – minha mãe diz sorrindo, eu estendo a mão e a menina logo aperta.
— Mãe, porque não me acordou? – perguntei olhando pra senhora na minha frente, ela odeia que chama ela de senhora. Ou seja, nunca chame minha mãe de senhora.
— Achei que precisava descansar, dirigiu muito e ainda me ajudou com a casa. – ela disse e eu sorri assentindo. – Porque não vai dar uma volta com a Kiara pra reconhecer o lugar? – ela pergunta e eu olho pra menina, coitada, mal sabe onde se meteu.
— Se ela quiser. – falo, porque se fosse pela minha mãe já estaríamos tomando sol na praia.
— Claro que eu quero, seria legal ser sua guia turística. – ela diz sorrindo de canto.
— Ok, só vou trocar de roupa e já venho. – Vou para o meu quarto depois de tomar o café da manhã e coloco uma roupa mais fresca, Outer Banks com certeza é um lugar bem quente.
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Depois que me troco, vou para onde as duas estão, no caso lá fora, quando elas me veem abrem um sorriso.
— Meu Deus, meu filho é um arraso. – minha mãe diz e eu passo a mão no cabelo me achando.
— Tive a quem puxar né senhora Victoria. – eu disse e ela faz uma cara emburrada e logo me dá um tapa forte no braço.
— Se me chamar de velha de novo... vai dormir do lado de fora. – ela diz e sai deixando eu e Kiara sozinhos, a menina estava rindo, mas parou quando percebeu que estava olhando pra ela.
— Vamos? - perguntei.
— Claro. - ela respondeu pegando uma chave na mão e só aí que percebi que tinha um carro atrás da nossa van. — Vai ficar aí parado ou vai vir? - ela perguntou, eu sorri e entrei em seu carro.
Kiara parecia ser rica, mas não gostava de se gabar, até onde percebi.
