CAPITULO 01

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A primeira página de um di...

Muita coisa aconteceu comigo, com a gente, e cada vez que paramos pra olhar pra trás, a única coisa que vemos, e um passado horrendo que jamais poderemos fugir.

Abril, 2005 - Luisiana, Estados unidos

Eu e minha irmã Nara, somos muito próximos quase nunca brigamos ou algo do tipo, e nem podemos senão nossos pais nos matariam. Principalmente eu, até por que eu tenho 14 anos e ela 10, então ao invés de brigar eu deveria cuidar dela.
Meu pai é médico, e minha mãe é desempregada mas sempre que pode, ela ajuda meu pai em algumas coisas no trabalho dele, já que tem experiência na área da medicina também.
Nós gostamos de sair nos fins de semana pra fazer qualquer coisa, desde que seja em família, o bom é que eu e a Nara podemos escolher esses lugares, nós divertimos, brincamos, comemos bastante... Ah, e por falar em comida, tem um restaurante que eu queria esperimentar, espero que o papai leve a gente lá.

Então, resumindo minha vida, podemos dizer que é praticamente perfeita, o único problema é na escola. Eu acho que todos os problemas começam por lá. Nunca fui muito popular, e nem gostei muito de fazer amizades, talvez seja por causa disso que "algumas pessoas" tiram brincadeiras comigo, mas as brincadeiras não são muito boas, eu me sinto mal em ter que ir todo dia na escola, e ser chamado de algo ruim na sala, tirando sarro de mim, chego a ficar triste em pensar que todo dia é assim na escola, eu não posso ter um dia normal. Uma vez tentei entrar pro time de futebol da sala, e quem estava fazendo o time, era justamente a pessoa que tirava sarro de mim, ele se chamava Augusto, mas eu não liguei, quando fomos treinar, tava tudo normal, até achei estranho, em um momento inesperado, quando a bola ficou no meu pé, o Augusto vem com toda a força na minha direção, e me dá um empurrão com o ombro, que me faz cair no chão e me ralar todo, quando isso acontece ele olha pra mim e fala " Ele se jogou! Para de querer ser bom, você não aguenta um empurrãozinho". Naquele momento minha vontade era de dar um soco na cara dele, o que não me faria melhor que ele, eu voltei pra casa depois disso, me senti mal por tudo que aconteceu, cheguei a pensar que ele tinha razão, eu não sirvo pra isso. Mas a minha família deixa todo o dia mal que tive na escola, melhorar instantâneamente, eu espero que as coisas continuem assim.

03/05/2005. 13:00 PM

No dia seguinte, foi mais um dia normal pra mim, cheguei em casa deitei na cama e fiquei pensando nas histórias de filmes, o que eu faria se fosse um personagem principal de um filme de terror, ou de suspense, ou de ação. Comecei a me elogiar. " Eu acho que eu seria foda".

Quando estava indo para a cozinha, minha mãe estava assistindo TV na sala.

-"O que tá passando de bom, mãe ?"

-"Nada demais, só uma notícia de uma doença nova. É melhor você tomar cuidado na rua, essa doença pode ser contagiosa". Minha mãe fala virando pra mim.

-"E ainda não acharam a cura?". Eu pergunto logo depois.

-"Não".

Eu olho pra ela, e percebo preocupação em seu rosto, depois me toco que o papai vai ter que trabalhar hoje a noite, logo me preocupo também, mas tento tranquilizar mamãe.

-"Vai ficar tudo bem, mãe, o papai sempre fica bem".

-"Vai sim filho!". Ela responde com um sorriso, que parece ser falso.

" Muitas pessoas estão com essa doença, os médicos estão fazendo o possível pra conte-la, porém o vírus é muito forte e está matando muitas das pessoas que ficaram doentes, o bom é que, não ouve contágio de ninguém dentro do hospital".

DEPOIS DO ENTARDECER Onde histórias criam vida. Descubra agora