CAPÍTULO 3

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Minha cabeça dói muito, acho que ela explodiu e ninguém me avisou. Enquanto minha visão toma foco nesse ambiente escuro meus outros sentidos se dão conta de muitas outras coisas como por exemplo os grilhões em meus dois pulsos e meus dois tornozelos. Nesse exato momento minha mãe mente retorna a memória do que parece ter sindo a pouco tempo com algo sendo acertado em minha cabeça com muita força por trás, atingindo em cheio minha cabeça.

Meu desespero e instinto de sobrevivendo procura por algo. QUALQUER COISA. Mas não consigo nem ver direito quem dirá perceber mais alguma coisa ao meu redor.

Socorro
Me ajuda
Alguém me tira daqui
Não! Por favor!

Depois desses gritos de desespero eu quase pulo de onde estou com o susto que eu tomei, fazendo assim eu me sentir pior pois, além dos gritos eu também escuto chicotes. Isso me faz encolher pois me trás lembranças que quero esconder no fundo da minha mente e nunca tirá-los de la.

Eu tento me manter consciente de tudo e me preparo para o qualquer brecha que me derem eu vou correr e sair daqui. Mas a pergunta é: Como?

Antes mesmo que eu posso responder minha própria pergunta, a porta de onde quer que eu esteja se abre e um homem imenso emerge da luz, por um segundo penso que ele é meu salvador, mas logo vejo o chicote em suas mãos e meu sangue gela, minha cara fica tão branca quanto leite quando percebo que ele está aqui para me machucar.

- Ora. Ora. Ora se não é que nosso pequeno querubim não acordou?! - fala o homem corpulento ameaçador diretamente para mim - A pequena humana está confortável ? Ou devo acomodá-la ? - Enquanto ele fala ele joga o chicote de uma mão para outra como se fosse um brinquedo novo de uma criança feliz.

Humana ? Por que ele ressaltou minha raça...
ELE É DO REINO DE INFANTE
POR LAUNIR, ESTE NÃO É UM HOMEM QUALQUER, E SIM UM MACHO

Por um instante eu não respondo, sei que não posso dar munição para ele me atacar, não sou tão burra assim sou?

- Você é um férrico ? - as palavras saem antes que eu perceba. Minha curiosidade certamente não trabalha junto com minha consciência.

- Sou sim, meu amor - Ele falaessas palavras se aproximando e se abaixando para ficar próximo e falando como se fosse um amante, doce, porém, cruel - E você é meu presente para meu soberano. Ele gosta de garotas bonitas, para sua sorte eu vou tentar te deixar intacta, que tal colaborar comigo e não gritar como essas outras galinhas cacarejantes neste navio? - sua voz é ameaçadora, mas eu não me aguento e faço o que qualquer idiota faria que é cuspir na cara desse imbecil.

O cuspe acerta em cheio o centro de seu rosto e se não estivesse tão escuro aposto um baú de ouro inteiro que esse macho está até com a ponta de suas orelhas pontudas pegando fogo de ódio.

Não tenho nem tempo de me afastar quando ele me dá um tapa com muita força e tenho medo de ter quebrado algum osso do meu rosto.

Muito lindo Helene. Tem medo do osso quebrar no rosto mas não tem medo de cuspir no seu captor e provável futuro torturador. Tá de PARABÉNS!

Meu captor se afasta sai pela porta batendo ela com tanta força que eu tenho uma leve fagulha de esperança que ela possa quebrar e magicamente essa correntes e grilhões sumam e eu possa sair correndo.

Mas eu sou trouxa mesmo viu.

Tento me aproximar da porta e escutar o algo e acabo escutando uma conversa entres dois homens - ou provavelmente dois machos-fodidos-feericos - que pela voz aprecem estar brigando

- Você não deveria ter batido nela - Grita a voz desconhecida - Ela é muito bonita e uma beleza exótica também. O Rei não vai querer uma garota qualquer.

- Aquele fodido vai querer qualquer uma que cair em seu colo. Sua Rainha não serve mais para ele - fala meu captor com uma voz que parecia... humor ? raiva ? Não sei.

Eu não acredito que estou sendo sequestrada para ser a puta de um rei tirano que não se satisfaz com o que tem. Isso me dá tanto nojo que eu só quero vomitar.

Mas eu sou Helene, meu pai me deu esse nome pois significa coragem e eu vou ser corajosa, ele iria querer que eu me mantivesse bem e saísse disso e tentasse viver. As palavras que ele me disse em seu leito de morte ainda me corroem as entranhas dia e noite.

"Minha Helene, minha Rosa Dourada, minha menina corajosa. Quando eu me for eu quero que você viva sua vida intensamente, que ame um amor verdadeiro, mas acima de tudo minha linda Helene. Não tenha medo"

Ah pai, eu te amo tanto, mas eu estou com tanto medo.

Me torne PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora