"Era meio verdade e meio mentira"

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Akuma pensou seriamente se falava a verdade ou inventaria uma historinha fofa pra ela. Ele a notou com um olhar curioso, e percebeu seus olhos, lindos olhos que não mereciam mentiras.

- Não é bem... Uma história de conto de fadas. - Ele diz.

- Tudo bem. - Ela responde.

Então ele inicia sua narrativa.

- Meu nome original é Chang, foi o nome que a minha mãe, Liss, e meu pai, Yan me deram. Chang significa "livre", é um nome muito legal.

Eu nasci depois do tempo, então eu não sou bem normalzinho da cabeça, acho que da pra notar. - Ele sorri, e continua -Quando minha mãe estava grávida de mim, eu escutava tudo que se passava fora do ventre, e ela estava muito feliz por ter engravidado de mim. Todos ao redor dela desejavam que eu nascesse bem e com saúde, mas meio que foi o contrário. Não que eu realmente tivesse uma doença horrível, mas eu não nasci com todas as capacidades de alguem normal.

Minha mãe cuidava de mim, e meu pai também. Eu era uma criança muito pequena, e tinha um dedo a menos, por isso eu não tinha amigos e não queria ir aprender a ler.

Num dia, meu pai me levou até uma granja, e matou uma galinha na minha frente, nisso eu tinha 4 anos. Mas ele deveria saber que eu não levaria aquilo como algo normal. Então na minha cabeça, eu poderia fazer aquilo com qualquer um. Eu poderia cortar o pescoço de quem eu quisesse e ver a pessoa agonizando com o sangue escorrendo. Eu gostei de ver aquilo, a agonia, o sangue.

Com 10 anos eu ajudava meu pai em alguns trabalhos, e ele viu que já estava na hora de eu aprender a usar uma arma. Fala sério, você tem um filho doente e da uma arma nas mãos dele? Mas foi isso que meu pai fez. Com 13 anos eu matei meus pais e a minha irmã mais nova. Com 14, recebi o primeiro aviso dos deuses. Eu era um cético quanto à toda essa coisa de deus, mas a deusa Atena encarnou numa criança, e então me disse, " Se você não se redimir pelas mortes que causou, você receberá punição divina". Eu realmente não me importei, e vez ou outra matava para roubar.

Com 15 anos uma deusa veio até mim, ela tinha cabelos ruivos, olhos violetas e um corpo que deixaria qualquer um louquinho. Eu achei mesmo que ela iria me dar outro daqueles avisos, mas na verdade, o seu nome era Hedonê, a deusa do prazer. E então, eu não tinha nada melhor pra fazer, e mantive relações sexuais com ela, mas sem o mínimo de compromisso, óbvio. Até porque, o relacionamento de humanos e deuses é puramente de devoção e adoração por parte de humanos, jamais os grandes permitiriam um casamento ou algo assim.

Quando passou um tempo, Hedonê disse a mim que me amava. Lembra que perguntei sobre gomo era ser amado e disse que alguem já me amou, mas não parecia sincero? Era ela. - Ele respirou, dando uma pausa

Heloisa aproveitou a deixa para falar.

- Desculpa te interromper, mas eu gostaria de deixar claro. Se você não sente o amor vindo dessa pessoa, é porque ele não existe. Ela provavelmente gostou de como você era com ela na cama, e confundiu com amor, ou simplesmente quis te enganar.

Akuma refletiu naquilo, ela tinha razão.

- Com 16 anos eu recebi o segundo aviso dos deuses. Dessa vez, Afrodite veio a mim, e disse a mesma coisa que Atena. Eu novamente ignorei. Essa foi minha vida até os 21 anos, sempre recebendo avisos. Nesse meio período, eu parei de tranzar com Hedonê, de alguma forma não me sentia bem.

Demon vs Human. Uma história diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora