Frágil Eternidade

13

Em um passado não tão distante

Klaus estava decepcionado, não tinha ideia do motivo pelo qual não estava conseguindo fazer seus híbridos, então decidiu sair, sozinho, longe de seus irmãos e inimigos. Estava na hora de descansar um pouco e ainda não tinha se arrependido da decisão, apesar de ter ido parar em uma cidade menor do que Mystic Falls, que definitivamente não era do seu tipo, ainda mais com o frio que fazia.
- Ótimo! - disse uma voz feminina, não muito longe de onde ele estava.
Curioso, espiou a rodovia, apenas para ver uma jovem encarando um chevy muito antigo, que Klaus diria que era quase tão velho quanto ele.
Em situações normais ele não pararia para ajudar uma humana, mas algo nela o fascinou e logo se via indo até ela.
- Problemas com o carro? - perguntou Klaus, enfim a vista de qualquer um que passasse.
A jovem o encarou, surpresa.
- Você estava na floresta? - disse ela, antes de finalmente ficar desconfiada. Algo nele a dizia para se afastar. A última vez que isso aconteceu foi com os frios que tentaram fazer dela um lanche.
- Sim, eu acabei de chegar na cidade e achei uma boa ideia dar uma volta. Mas digamos que prefiro evitar olhares de curiosos de cidade pequena.
Ele nunca falou tanto com uma humana antes, surpreendendo a si mesmo, principalmente depois de sorrir ao ouvir a risada da humana a sua frente.
Ela tinha olhos tristes e algo lhe dizia que ela não costumava sorrir muito.
- Você pode estar certo, mas acredite isso vai acontecer querendo ou não.
Klaus assentiu, se aproximando o suficiente para ficar ao lado dela e encarar a lata velha como ela esteve fazendo antes.
- O que aconteceu? - disse Klaus, fazendo a jovem suspirar.
- Não faço ideia, não entendo nada de carros. - disse ela.
- Não entendo muito também, mas posso dar uma olhada pra você, se quiser.
Ela o encarou, em dúvida, mas acabou assentindo. Já havia desistido da aula de qualquer maneira.

Meia hora depois, diferente do que ambos pensavam, o velho caminhão rugiu ganhando vida.
Os dois se encararam. A jovem dentro do carro e  Klaus do lado de fora, depois de mexer no que ele achava que poderia ser o problema.
- Muito obrigada! - disse ela, saindo para agradecer.
Klaus assentiu, sorrindo.
- Por nada amor. Até que não sou tão ruim nessa coisa de arrumar carros. - disse ele, fazendo os dois rirem.
Contra o que ela mesma tinha se permitido desde que o amor de sua vida tinha lhe abandonado, ela se viu estendendo a mão e limpando a graxa que tinha na bochecha do homem a sua frente. Era a primeira vez que ela tocava alguém. Os dois sentiram a pequena corrente elétrica que passou por eles. Ela se afastou, surpresa pelas duas coisas.
Klaus ficou surpreso também, mas algo no olhar da humana a sua frente lhe disse para ignorar aquele pequeno acontecimento que lhe confirmava que a humana seria alguém importante.
- Bem, acho que agora posso me apresentar. Sou Niklaus, mas pode me chamar de Klaus. - disse ele, se aquecendo por dentro ao ver que tinha tomado a decisão certa.
- Sou Isabella, mas prefiro Bella. - disse ela.
- Combina perfeitamente.
Ela corou, o fazendo aumentar seu sorriso.
- Então, Bella, poderia me dar uma carona até algum lugar que eu possa comer alguma coisa? Infelizmente estou sem carro.
- Claro.