Recaída ou recomeço?

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Para começarmos, eu sei que tinha que estar aqui, com você, mas saiba que nunca passou pela minha cabeça parar de escrever. Amigos, estou sem saber o que falar, não tenho mais lido aqueles livros clichês ou motivacionais que abrem meu vocabulário ou que fazem eu refletir e conseguir criar conteúdo. Por que não fazer um capítulo sobre minha falta de criatividade?

Olá pessoa amável da internet. Sei que passou meses após o último capítulo. Eu não pretendia voltar a escrever, mas no meio de tantas coisas acontecendo, acho que eu preciso disso e talvez você precise, ou não, mas por favor, me ouça, leia o que tenho a dizer, ou irei enlouquecer.
Coronavírus já estava por aí, porém não tinha se tornado uma PANDEMIA, e pode ser isso que me trouxe aqui de volta, que trouxe você de volta, e que levou algumas pessoas embora. Sinto medo, por mim e por outras pessoas. Me sinto mais perdida do que nunca e mais sem esperança do que tudo. O tempo parece parar no meio de surtos acompanhados de pensamentos repetitivos. Tenho tanta coisa para falar, mas parece que no momento...eu travo. Esperava mais de mim depois de tantos capítulos onde falei que toda dor fazia parte, que vocês teriam que conviver com isso, mas adivinhem só? Sou ótima em dar conselhos, mas horrível em colocá-los em prática.
Eu fiquei tanto tempo sem sentir isso...e vocês me fizeram voltar, Vi alguns comentários e mensagens. O carinho que vocês tem por mim, pelo que eu escrevo, talvez pelos dois ou só por um, é incrível. Isso faz eu me sentir amada, e sou grata a TODOS vocês. Espero de coração que um dia, isso tenha te ajudado. Se achar que tenho que melhorar, não tenha medo em falar, aceito críticas construtivas.
Talvez, no final das contas, eu tenha me apegado a escrita. Mas com nada acontecendo, nunca sei o que devo falar. Tenho medo de não me aceitarem mais, depois de não sei quantos meses. Me perdoem, caros leitores. Lembram do primeiro capítulo? Que eu falei que os problemas eram muito além de "ter amigos". Uma coisa que nunca irei entender é a morte, o jeito como as coisas podem acabar de uma hora para a outra. Tenho mais medo das pessoas que eu amo morrerem do que eu. Só sou uma adolescente que talvez se expresse bem na escrita, somente na escrita.

"Como acha que vai ser quando retornar? Sabe que tem que retornar."

                   "As pessoas não se lembram mais de você, apague a história."

"Você quer voltar, só precisa de mais tempo para pensar."

                  "Acostume-se com isso, Eduarda. Do contrário não estaria tendo diálogos com versões diferentes de você mesma."

Por um longo tempo, a parte negativa de mim prevaleceu. Eu sentia que precisava voltar, mas não sabia como. E para anunciar minha volta, fiz um capítulo sobre meu medo, até as mentes que acham mais brilhantes ou que tem os melhores conselhos, sentem medo. Obrigada por acompanhar, até aqui. Te vejo amanhã, depois de amanhã, ou talvez, nunca mais.

Afinal, qual o sentido da vida?Onde histórias criam vida. Descubra agora