Olhos Bicolores |Obito Uchiha|

Prólogo (part two)

Pov's Hajime

Eu sabia que morreria naquela noite, não tem jeito, preciso ajudar o amor da minha vida, mesmo que seja meu último ato não poderei deixá-la sofrer aqui.

E tudo que eu preciso fazer é quebrar alguns tubos que mantém alguns testes em espera que Orochimaru-sama está preparando.

Segundo ele, eu sou seu subordinado mais fiel, mas por ela, e por aquela criança eu deixarei de ser...

Me aproximo das salas onde estão as supostas máquinas e faço o que tenho que fazer, o barulho é bastante ensurdecedor, agora só preciso mantê-lo aqui dentro, e será mais fácil para elas fugirem.

Orochimaru- Hajime? - ele me olhou e percebeu o que eu havia feito- ISSO FOI TRABALHO DE ANOS SEU MISERÁVEL!!

E Várias cobras saíram dos seus braços.

Pov's Desconhecida

Tiro minha blusa e enrolo minha filha o máximo que posso, com os trapos que ela estava morreria congelada.

Assim que escuto o som de vários vidros se quebrando, eu saio do quarto em que estava e começo a correr.

Meus pés ainda feridos, mas a minha motivação é maior. Sinto uma quentura na minha barriga e...

- Merda! Os pontos..

Já devo ter rompido alguns.

Enrolo a direita em um corredor estreito, e depois à esquerda... Esse covil é um labirinto.

Já com medo de estar sendo seguida, e já sem esperanças de encontrar a saída, eu paro.

Me encosto na parede e respiro fundo.

Eu sou uma otima estrategista, é um dos meus dons... só preciso raciocinar um pouco, por favor não me encontrem.

Eu olho para o pacotinho nas minhas mãos, olho para o rostinho calmo e sereno da minha filha, meus olhos enchem de água só de pensar que não vou poder vê-la crescer.

Com a mão livre coloco a mão na minha cirurgia e a olho, está banhada em sangue.

Tenho que correr, não tenho muito tempo. Assim que ia me mover, escutos passos, ou melhor, correrias... Elas estão indo para a saída..

Só uns segundos e estarei livre.

Pov's Narradora

Orochimaru com sua face calma e despreocupada, joga os restos mortais de um suposto corpo que ele acabou de desovar para testes e afins em alguns recipientes de vidro.

Mas logo se vira quando um dos seus subordinados chega sem aviso prévio e fala ofegante:

Subordinado: A garota, a garota de cabelos pretos... Ela fugiu Orochimaru-sama, escapou por baixo de nossos narizes!

Orochimaru com um sorriso sádico no rosto olha para ele com desdém..

- É claro que ela fugiria, porque você acha que das últimas vezes em que ela fugiu eu mesmo tive que recapiturá-la? Ou porque eu a escolhi para ser o receptáculo da minha criança?

O homem fica pálido com o olhar e as palavras que orochimaru o dirigiu, e sem saber muito o que fazer, se mandava seus colegas irem buscar a garota, ou se esperava o comando do seu mestre.

Subordinado: T-tenho que m-andar os outros atrás dela, mestre?

Orochinaru: Não será necessário..

O sannin começa a se retirar da sala para entregar um recado importante a um dos seus aliados em konoha, mas é interrompido pelas palavras do outro:

- Mas orochimaru-sama ela irá contar ao hokage se conseguir chegar lá, e..e konoha não é longe daqui, afinal o senhor precisa voltar lá de vez em quando se não quiser deixar suspeitas mestre, e...

Orochinaru: cale-se! Não que seja da sua conta, mas, ela esta fugindo porquê EU quero que ela fuja, agora eu quero que entregue algo para mim em Konoha, afinal o nosso amado Hokage acha que estou em missão não é mesmo?

- S-sim, e para quem seria essa mensagem?

Orochimaru: Para o meu próximo experimento...- Ele da as costas e sai do aposento, mas não sem antes falar- Danzou-Sama.

Pov's Desconhecida

Estou tão perto, as lágrimas borram minha visão, não sei exatamente por onde é konoha, apenas sigo por algumas memórias antigas que eu tenho, de quando eu fazia missões com meu irmão mais velho.

Essa floresta, me faz voltar aos meus 10 anos, de quando fui tirada das asas protetoras do meu irmão e da minha família por aquela cobra ridícula...

Meu clã foi tirado de mim, nossas tradições, essa floresta que é considerada uma guardiã Para nós.

Apenas continuo correndo, e ao longe, bem ao longe, vejo os portões de konoha, alívio é derramado sobre mim, eu olho a minha bebê, ela apenas me observa, como se ja pensasse... Ela não chora, nem se assusta, muito menos dá sinais de que está com fome.

É apenas, aquele olhar, que paresse julgar ou avaliar a pessoa.

Droga! Ela é apenas um recém-nascido, pare de pensar besteiras.

Ao perceber que diminui a velocidade, começo a correr novamente, mas ja estou tão cansada, minha blusa está encharcada de sangue, acho que perdi sangue demais.

Saio dos meus devaneios quando percebo que tem um homem na minha frente, como não o percebi antes? Ele está com uma máscara, com certeza anbu, mas é um fardamento diferente.

Quando eu iria falar sinto minhas pernas cederem e eu caio de joelhos, o que está acontecendo!?

Me deito devagar segurando firme minha filha, e parece que apareceram mais deles, uns 5 estão me cercando, quando eu tento me levantar um homem de idade aparece no meu campo de visão, ele usa um tipo de bata e parece liderar os outros.

?- Se eu fosse você não me moveria, sua hemorragia já esta bem avançada, e creio que há uma grande infecção na sua cirurgia aberta...

Ele fala calmamente e eu tento responder, mas estou sentindo que vou acabar sedendo a escuridão... preciso salvar minha filha.

- P-por f-avor me ajude..- digo sem muito fôlego, mas as palavras são audíveis.

Escuto uma gargalhada vinda do mesmo, mas não era com humor e sim como desprezo.

?- Eu não ajudo de graça menina, tudo tem um preço, se não aceitá-lo morrerá aqui, e tenho certeza que nenhum outro ninja encontrará você ou sua filha.

Sinto as lágrimas descerem por meu rosto. Que miserável.

- Q-Qual é a condição, senhor?

?- Sei que foi uma ninja, servirá a mim até segunda ordem, e caso não consiga por ter definhado em uma cama, sua criança pagará a dívida pelas duas...

- Você é um miserável, o que quer que ela faça, mate p-pessoas para você?

Outra gargalhada.

?- Isso é uma das coisas, mulher. Ela também terá que pagar as dívidas da hospedagem, ou seja, talvez a dívida seja vitalícia.- Fala com um sorriso falso que vai de orelha a orelha.

?- Você não esta em condições de escolher muito, se não disser logo, sua filha irá morrer... Garantirei a você que ela terá comida e abrigo sempre que quiser e precisar, mas como eu disse, tudo tem um preço, não se preocupe, se conseguir sobreviver, sua filha não precisará pagar a dívida.

- A-ceit..

?- Pegue-as- Fala para os anbus que estão presentes- A propósito... Me chame de Danzou- Sama.